quinta-feira, 29 de maio de 2025

Em alto mar

 


Vou aproveitar que, aparentemente, o mundo virá abaixo com ventos vergastando os rios, lagos, mares e terra e embarcarei naquele navio que posso ver balançar logo ali, depois da arrebentação, parecendo ancorado a me aguardar. Posso vê-lo balançando entre grandes ondas, se divertindo como uma criança no sobe desce da maré bravia. Agora, assim de repente, além de ter esta visão apocalíptica do oceano, entre um trovão e outro, um relâmpago que ilumina céu e terra ele parece clamar por mim com sua voz cavernosa.

Aceitei o convite porque aqui de longe me apaixonei pelo modo turbulento em que este navio se equilibra em uma tempestade selvagem. Vou lá experimentar como devo me comportar quando no sobe e desce das ondas eu for arremessada ao alto, correndo o risco de ser enviada para qualquer lugar do convés, podendo já na primeira investida, ouvir de longe “homem ao mar”, ou posicionada com pompa e circunstância ao lado do marujo de dois metros e braço forte que resolve aparar meu pulo de pernas para o ar.

Talvez eu me enrede entre as cordas desta teia de intrincado manuseio que perpassa o imenso barco, marcando por onde as águas fluirão por todos os lados dando a oportunidade perfeita para o treino de resistência, de corpo e mente, da marujada em sua ginga peculiar e corajosa, mesmo quando o estômago parece ter vida própria.

De minha parte percebi que a escolha deste teste veio bem a calhar, variando a minha tarefa de aprendizado enfrentando a água gelada, altas vagas, aprendendo a trilhar na intrincada esteira de cordas que singelamente me conduz com segurança de bordo a estibordo experimentando a direção indômita de quem navega por mares bravios, por aqui, por ali, em qualquer lugar.

domingo, 25 de maio de 2025

Em um só lugar

 


Não havia me dado conta que sempre há um lugar vazio aqui por perto parecendo ser um vão inabitado, sempre a disposição, postado insolentemente, quieto, bem posto e com altivez que me dá a impressão que dali não se afastará, havendo a suspeita que esta esfera se tornou companhia, mesmo que eu a ignore.

Neste dia diferente, finalmente com o ar gelado oxigenando o corpo e a mente, pareceu que o espaço tomou um lugar maior, se agrandando de uma forma tão real que parece impossível não perceber. Cuidadosamente fui buscar o novelo da vida que sempre guardo em um disfarce efêmero pois é por ali que terei a certeza da descoberta do mistério que ronda meu dia a dia.

Um pouco aturdida e sem rumo certo comecei a buscar com interesse o vácuo que segue sem trégua e não consigo perceber nenhum defeito na estrutura, perscrutei se há alguma fresta, alguma fala, talvez um campo mal feito ou frágil e aparentemente, a amplitude se apresenta uniforme, firme e determinada.

Foi em um instante que percebi com clareza que este recanto em branco possui uma certa personalidade e se apresenta ora como uma caixa antiga em algum canto nobre da casa, em outro momento uma gaveta chaveada abarrotada de lembranças, e, por fim, apenas uma área que denota ausência, limpa e serena. Em apenas um segundo a mais compreendi que este campo tão atencioso se posta ao meu lado para que eu nunca esqueça que estou só.

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Hoje acordei com cem anos

 


Um despertar diferente me leva a crer que fiquei com cem anos da noite para o dia. Percebo o pensamento, outrora ligeiro, parado. Nada dentro da cabeça, todos os nervos embaçados numa farra desordenada e alegre de neurônios em férias. Sensação estranha e boa, afinal. Parece que terminou o tempo de pensar. Agora é flutuar. Nem sei meu nome.

Meus ossos são gravetos arqueados e doloridos e as passadas, leves. Bom não ter vigor. Vigor cansa.

Meu dia de cem anos começa sem tarefas a cumprir. Sem pesos a carregar e sem novidades a lembrar. O mundo parece só meu e de tanto viver, nada devo a ninguém. De mansinho um ou outro lembrete da vida começa a se derramar e não vem de dentro de mim. Vem de fora, de uma folha de papel jogada no chão ao qual tropeço. Pareço um embrulho roto arrastando a vida que ficou para trás.

O mundo, vazio de futuro, parece comigo. Uma velha cansada. Minha alma jaz ao meu lado, prostrada e cinza, suplicante para voltar ao corpo. Entretanto, o tempo não parou como eu pressentia. Queria apreciar o nada. Queria enxergar o velho. Queria me enxergar e só consigo ver o caminho trilhado com tantos afazeres empilhados e aprumados que me custa acreditar que aquela fui eu. Cada vez mais jovem, ocupada e tarefeira, pois na lembrança nada me segurou no cumprimento da rotina. E a viagem de volta continua, agora bem rápida. Engraçado como velho anda célere para trás!!!!!

Com avidez, a mente abre todas as gavetas e a realidade transborda de dentro delas tal qual lingeries de seda macias, coloridas e jovens.  E, agora lembrei, meu dia de cem anos vai acabar. Como o feriado.


domingo, 18 de maio de 2025

Caluda

 


Tenho a nítida impressão que o que busca meu olhar sempre é o antigo, o vazio, o limpo, o muito pouco para enxergar e muito para pensar. Por ora, aparentemente ando assim na vida, ora me debruço em uma janela e me evado dali com tanta alegria que me enxergo sobrevoando o entorno, aspirando todo ar que se apresenta a mim, sem me sufocar, limpando minhas entranhas, oxigenando o cérebro que avisa que podemos iniciar uma nova rodada, acredito que seja do que for, por estar em mim aquele modo teimoso em franca expansão.

Sigo na busca do vazio por ser ele quem me preenche, quem assopra para onde me dirigir no dia, se migro por aquele caminho espinhoso, se dou asas aos pés, se enveredo por uma caminhada limpa e lisa, se atravesso as ondas pequenas que vem beijar meus pés na beira marítima.

A amplidão do espaço toma conta do meu pensamento que se recusa a colocar todas as letras no papel que não existe mais deixando as laudas em branco, atônitas. Meus dedos estão inanimados e assim o teclado, que apanha dia sim e outro também, vai gostar de um pouco de pó a lhe sombrear.

Decidi que hoje usarei a voz para competir com o vento e testar minha verve em uma gravação sem um rascunho para seguir, copiando do coração as palavras assopradas. Vou altear a voz, descrever situações, rir um pouco, chorar outro tanto e derramar algumas lágrimas entre as mãos. O sujeito de hoje – o gravador – vai registrar este improviso que, ao seu término, por um descuido, não salvei. Caluda.

quinta-feira, 15 de maio de 2025

Um conto, um ponto

 


Fiquei em dúvida se eu estava no lugar certo de todo dia, se esta era a minha casa, se a cama quentinha da qual eu havia me evadido era mesmo a minha, se a escuridão lá fora estava de acordo com o relógio de parede que realçava ser muito, mas muito cedo, como de costume. Me voltei para a rua escura e lá estavam as corujas de partida após seu passeio noturno no bairro, a cachorrada bocejava, os primeiros pedreiros chegavam em alarido. Sim, era a minha casa de verdade neste dia inquieto o qual algo me causava estranheza.

Levemente incomodada iniciei una pesquisa mental para encontrar o motivo ou a variante surgida em algum momento do dia anterior que se interpôs entre a minha realidade e a influência, intencional ou não, que tenha atravessado meu caminho.

Com uma rapidez supersônica o primeiro episódio apareceu revestido de um encontro saudável, diário e comum quando com uma sutileza inequívoca surgiu a atitude que descombinava com tudo que sempre acontecia nestes dias específicos, deixando a mim uma clara impressão de desacato frio e calculado, com cara de acaso, não havendo a menor chance de ser merecido. Resolvi que se faz necessário cautela no que acontece ao redor, mesmo que seja trivial e diário.

Balancei a cabeça e voltei à estaca zero do dia, mas quis o destino me mostrar que o falatório tem muitos lados e as vezes se envereda como uma cortina transparente que surge de forma disfarçada, escondendo a má intenção. Parecia, naquele momento que o córrego não suportava em si o que lhe tinham jogado a carregar e a cada minuto mais disparates aconteciam.

Apenas no meu olhar se avistava o umbral blindado da minha casa e assim, no passo a passo e com certa parcimônia, olhando para todos os lados,  elevei meu pensamento e aceitei o convite das lindas nuvens róseas que flanavam leves no  horizonte do mar, sempre de prontidão para aclarar a mente, me entender, e me resgatar, mais uma vez. Amanhã é outro dia com um amanhecer menos ruidoso e, quem sabe, mais surdo.

domingo, 11 de maio de 2025

Minha mãe

  


É sempre o inesperado quem me acolhe ao lembrar minha Mãe e quase sempre é algo que vejo em mim, o que não é difícil uma vez que estou envelhecendo e meus traços vão tomando um contorno muito semelhante a ela como uma condição atávica. 

Ao andar pela casa vou tropeçando em quase tudo que lembra a casa dela porque alguns objetos fizeram parte da minha vida toda. Além disso o jeito de arrumar é muito parecido. Quase não possuo móveis modernos, os meus enfeites são as porcelanas e objetos que vieram desde a casa em que nasci passando pelas doações de tia e avós. A minha arrumação fica quase que sendo um santuário de lembranças e assim eu vou vivendo sempre de olho no que é belo, que tem tradição e me conforta, comprovando que eu não preciso de nada. 

Na aparência acontece a mesma coisa. Quando eu visto uma roupa colorida – que não é minha preferência – fica claro que fui empurrada para aquele figurino como se houvesse uma força maior. A mesma coisa acontece ao me olhar no espelho e ver em mim as rugas dela, o cabelo escasseando nas têmporas e branqueando em torno do rosto como assim foi em minha Mãe. Na manicure as mãos que se estendem na vaidade são distintas na cor do esmalte, e então começo a perceber nossas diferenças. 

Ao contrario de mim ela era contida, não tinha o riso fácil e falava baixo, acho que era porque o seu interior de artista brilhante puxava o seu melhor para dentro, guardando elementos para poder dispô-los em suas artes manuais. Hoje eu sei que suas gargalhadas migraram no entrelaçamento das tapeçarias que tecia constantemente deixando um rastro dos seus sentimentos alegres e coloridos pendurado na parede. 

O brilho do seu olhar estava refletido nas mil miçangas com que bordou ponto a ponto meus vestidos de baile e suas alegrias ficaram enfurnadas nas longas luvas de cetim que compunha o traje que escondia meu braço magrelo e sem traquejo social, porém, minha Mãe possuía glamour nato que assim me era conferido. Ainda escuto o rufar da maquina de costura que ela acelerava com os pés parecendo um trem antigo que ruidosamente lhe fazia companhia. 

Não tenho o dom que minha Mãe tinha para a costura e o bordado mas gosto de pensar que a minha intimidade com a escrita e meu despudor em demonstrar o que me vai dentro da alma costurando histórias através das letras vem deste talento dela.

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Edvaldo, apenas um velho - Um Conto

 


A morada ficava em meio a uma vegetação densa e nativa que a família, numerosa, preservava com todo o cuidado e por ali tudo que nascia crescia de maneira natural sendo este o motivo de ser um jardim agreste e organizado destilando todo o seu aroma silvestre, desde o inço até as mais belas flores que nasciam sem nome e sem dono. O trabalho de cura e resgate deste espaço surreal é feito pela bicharada que habita este pedaço de terra executando uma tarefa de cura e resgate de doenças que apenas esta naturalidade da mata nativa do Edvaldo pode proporcionar.

Neste recanto de vegetação primorosa e rara estavam acomodados ninhos de toda espécie e todos eles eram bem-vindos, alados, rasteiros, aquíferos, quadrúpedes, tendo o cuidado necessário na preservação de todos, inclusive com a natureza de vida e morte entre eles considerada e os ciclos aconteciam sem interferência dos donos da casa que acompanhavam com respeito e atenção o que acontecia, ajudando somente no que fosse urgente e necessário.

A família numerosa crescia, estudava, se desenvolvia e aos poucos foram ganhando o mundo havendo cada um deles um interesse especifico que passava longe daquela morada encravada na cerca viva imponderável que, sutilmente, demonstrava sinais de descaso que não foram percebidos por Edvaldo, de imediato.

Edvaldo aceitou com passividade a evasão dos integrantes da família até porque cresceram observando a liberdade com que era tratada esta mata. Por este motivo estava cada vez mais focado no milagre da natureza que acontecia todos os dias frente aos seus olhos, se conectava totalmente e assim vivia entre o nascer do sol até o anoitecer integrado na luxuriante paisagem do seu entorno.

Entretanto, Edvaldo, apesar da pele cansada do sol e da chuva, com a vista fraca e a mente oscilante percebeu a relutância da companhia e a tristeza ao se deparar com a solidão invadindo sua vida, seu dia a dia, penetrando sorrateiramente por entre os galhos das árvores, dos arbustos, da soleira da porta, pelas frestas da veneziana, pela grade do imenso portão de ferro que dava entrada à propriedade. Imergiu com força na mata.

O lugar se estabeleceu como apartado da cidade sendo visto como uma ilha exuberante de mata nativa e por este motivo a cidade invadiu célere o seu entorno iniciando o tempo da invasão dos córregos, do ar pestilento soprando, erva daninha robusta tomando conta de tudo, animais peçonhentos em franca matança.  Os nativos da mata se desentenderam, sentiram mutações entre si e na sua natureza, iniciando assim uma forte debandada do lugar acontecendo uma eliminação natural da bicharada que se evadiu ou que pereceu.

Edvaldo continuava cuidando do que ainda restava e o fazia bem e com muita determinação, afastando a tristeza através desta faina diária no trato com a terra. Percebeu que o alarido dos pássaros havia diminuído, o coaxar dos sapos estava inaudível no fio d’água suja, o beija-flor voava sem destino e os alegres formigueiros de calçada desapareceram. Havia dentro dele a suspeição do fim e assim aconteceu sem surpresa a vinda dos familiares que surgiram através daquele portão centenário, envolvidos em uma bruma cinza, seca e suja e o convidaram a se estabelecer em lugar mais apropriado, segundo eles. Sem os perigos da cidade, dos bichos, do sol, das águas em demasia ou escassas.  Um dia depois de instalado em sua morada coletiva Edvaldo foi encontrado sem vida, sentado com altivez em uma linda poltrona de vime branca, instalada embaixo de uma árvore com aparência chorosa, como ele. Deus escolheu a dedo seu destino. Voilà.

quinta-feira, 8 de maio de 2025

Protocolo antigo

 


O lenço branco de linho, finamente bordado era peça obrigatória no arsenal de toalete das moçoilas ao qual recorriam com frequência para se abanar do calor intenso, secar uma lágrima de amor, disfarçar a tristeza intermitente que verte dos olhos, servia também para disfarçar um sorriso fora de hora, uma vergonha qualquer ou um fingimento necessário em dado momento. A utilidade praticamente não tinha fim naquele tempo em que as emoções eram genuínas e muitas vezes contidas de forma corajosa por não ser, talvez, aquele o momento de expressá-las. Um tempo em que o anseio tinha dia e hora para acontecer.

As bordadeiras com mãos talentosas, algumas com os dedos encarquilhados de tanto manejar as agulhas com linhas finas de seda ou de algodão, se surpreendiam no encontro com a cartela de cores quase infinita encantando a faina das mãos habilidosas que, num relance de olhar apurado, escolhia qual o matiz que iria preponderar na criação da peça, esta, que já se encontrava em fulminante criação em sua mente.

A feitura da peça nascia com a personalidade de quem a iria envergar sendo desenhada em detalhe para que o sujeito ao percorrer as linhas bordadas se encontrasse de maneira imponderável.

Assim seguia o curso de tantas peças que foram caprichosamente alinhavadas e colocadas na vida para cumprirem com o destino de enfeitar uma roupa, servir de consolo na fragilidade de um momento, ser farfalhada sem dó naquela hora de grande ansiedade, servir de adeus para uma partida, pousar em uma pequena caixa preservando a mancha de lágrimas antigas. Um destino primoroso em tempos idos.


domingo, 4 de maio de 2025

Aquela cortina

 


Nesta manhã calma e ensolarada que anda dando uma pinta de mistério e traição é que resolvi colocar aquela cortina num canto da janela. Somente naquele pedacinho da abertura porque por algum motivo o que vem atrás deste pedaço da fachada não me enche os olhos, não ilumina minha noite e muito menos me faz brilhar na luz do sol.

É um canto desprotegido que invade as sombras do ambiente formando uma linha fantasmagórica e assustadora que, na maioria das vezes, me dá uma sensação de alerta para um desmando altivo que vem acompanhado da sensação de múltiplos olhares.

Percebo, na minha imaginação, olhos ocultos que cintilantes vagueiam pela rua quando a noite já vai alta margeando os galhos das árvores que pendem ao brilhante orvalho da noite, olhares disfarçados que se abrem e fecham no ritmo das águas do córrego.

Me postei frente a esta janela tentando desvendar o segredo dela em ser tão transparente neste cantinho tão sem expressão, uma meia janela, um pequeno espaço que apenas completa a arquitetura do ambiente. Pode ser que os meus olhos internos andam cansados e opacos, talvez a íris com este lindo nome, estafada, resolveu se evadir do globo ocular e correu para aparelhar olhos mais jovens, talvez eu esteja vendo o que minha intuição anda esquecendo de apontar.

sexta-feira, 2 de maio de 2025

Logo ali

 


Ando vagando o meu olhar que teimoso se nega a ficar por aqui obrigando a me transferir para o depois, o logo ali, que tem na esperança o norte e isto posto quero acreditar que a prioridade que me acompanha anda com preguiça de se manifestar. De repente não se sabe mais o que deve vir primeiro, os olhos andam cegos para o que aconteceu no passado remoto surgindo uma bruma pegajosa soprando aos quatro ventos que isso ou aquilo não tem mais serventia, deve ser colocado de lado ou pior, esquecido simplesmente sem nem mesmo ser considerado.

Invento uma outra vista que arremete pedindo salvação e a necessidade de enxergar tudo de trás para frente com a perspectiva de visualizar o que está sendo trançado, embrulhando tudo que começa e não tem fim ou termina antes de começar.

Comecei minha procura para conseguir o ajuste do que importa de verdade olhando para dentro da casa, verificando se existe história no ambiente, se alguma coisa – ou muitas coisas – dialogam com a existência do dia a dia, se os móveis obedecem a ideia de conforto, se a superfície em que movimentamos o corpo agrada o sentido e o tato, se a luz do dia é generosa e a da noite não fere os olhos, iluminando muito mais a alma do que o entorno, se a traquitana de anotar está sempre de prontidão para a possibilidade  de pressentirmos alguma falha no movimento da lembrança.

Lembrei de uma impressão absurdamente simples e que faz notória diferença na organização do logo ali, do quem sabe, do não sei, do pois é.  A Vida pede destino, o Dia pede atitude, a Tarde pede encontro e a Noite pede romance.

Dia do amigo

  Encontros acontecem a todo instante cruzando nosso caminho, pulverizando a atmosfera que nos envolve com um delicado lampejo divino e entr...