Relegar à morte um integrante, ou vários, de nossa lista
virtual é fácil. Basta um clic e aquela pessoa que de alguma forma está mexendo
com o nosso coração desarrumado, nos perde de vista. O movimento das redes
sociais é o instrumento para demonstrações mudas de indignação. A pessoa em
descarte vai levar um tempinho para se dar conta que foi varrida da vida do
outro.
Olheiros virtuais são todos, observando a vida de quem amamos
e de quem nem tanto, pelas idas e vindas dos sinais na telinha. É um entra e
sai diário e a cada sinal verde do outro lado uma sensação que revira nossos
sentimentos, aparecendo uma saudade, uma mágoa, uma lembrança, um sorriso, um
olhar, uma fala.
Volta com força à mente
aquele convite que se derramou entre lábios e que, infelizmente, não foi
possível apreender.
Balançamos no cotidiano de uns e outros, atentos aos sinais
de ausente, ocupado e disponível. Há certo conforto em verificar que todos
estão vivos e a pleno vapor, e se houver uma folga fazemos a chamada para uma
conversa de louco, onde um só escreve, o outro perde a leitura e acaba
escrevendo sem responder o que perguntamos.
Não faz mal, o contato
é que importa.
Estes sinais são um instrumento eficiente para retirar da
nossa vida possibilidade não conjeturada.
Muitas formas de fugir.
Escrever para viver e viver para escrever. A inspiração é o meu objeto de desejo a cada amanhecer e assim minha alma fica fortalecida no encontro do silêncio e da natureza marítima. Leiam com bons olhos! Mail para contato: verarenner43@gmail.com Vera Lucia Renner
sábado, 4 de dezembro de 2010
Assassinato virtual
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Um comentário:
Vera,
conseguiste fazer um retrato em traços simples o que cada um que acessa a internet faz a todo momento.
A gente se vê num espelho, lendo o texto.
Beijos.
Maria Rosa
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