Temporada de fuga esta, quando a histeria toma
conta de todos como se o mundo fosse acabar e a mesma pieguice atravanca os
espaços e todos os rostos.
Estar fora deste redemoinho eufórico que transforma os
espíritos colocando-os numa luta insana de analisar e completar o que deveria
ter sido feito e, ai meu deus, rapidamente estabelecer no GPS nosso destino.
Escapar do progresso e vivenciar coisas mais simples, como
uma conversa sobre o tempo na quitanda da esquina, uma observação sobre as
alfaces, andar por entre ruas distribuindo sorrisos bobos. Lançar o olhar de
grande angular admirando toda a natureza, surripiando tiranamente o que não
favorece a vista.
Férias ao pensamento
que me açoda e me persegue com o algoz da eterna conexão, esta fobia humana que
nos aprisiona por livre arbítrio.
Total interação comigo mesma e com a minha vontade de
simplificar e olhar o futuro, e os outros, com lentes mais brandas, filtradas
na visão mais esmaecida de todos os desejos e paixões.
Passar ao largo do cinismo e das promessas não cumpridas, do
escamoteamento de sentimentos verdadeiros sem a menor ousadia na aventura do
caminho, porque a chegada, essa, poderá nunca existir.
Correr célere para tudo que possa manter a risada em alta
passando por assuntos como gato em brasas.
Escrever para viver e viver para escrever. A inspiração é o meu objeto de desejo a cada amanhecer e assim minha alma fica fortalecida no encontro do silêncio e da natureza marítima. Leiam com bons olhos! Mail para contato: verarenner43@gmail.com Vera Lucia Renner
sábado, 18 de dezembro de 2010
Estou fora
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