No ar aquele vácuo, como se de repente
houvesse um dilema que não consegue se apartar do tempo e da história sendo
visto com surpresa a ligação de um e outro por um singelo fio escarlate. Talvez
seja apenas um símbolo que aparece para marcar território e demonstrar que tão
cedo não haverá a evasão trombeteada em mil ilações todo santo dia. Sem enredar
muito as coisas, vê-se que a distância ficou esvaziada, mais por desejo do que
por realidade.
Talvez se deva encarar o tempo entre laços
como sendo uma corda bamba, delicadamente amarrada e com um colorido de encher
os olhos para que, de fato, assim se possa equilibrar tudo o que este fio
condutor possa representar. O tempo passando vai esvaziando sem pressa e com sabedoria
tudo o que foi importante, abrindo assim uma vaga, que em um primeiro instante,
precisa de ligação, mesmo ínfima, frágil e frouxa.
Pode surgir um lugar que se abra como sendo
um convite, uma bolha vazia que pede novos elementos, quem sabe novas histórias
cheias de enredos inverossímeis, conversas pueris sobre assuntos sérios, novas
palavras para contar o mesmo de sempre, assuntos bobos se aproveitando da
modorra vão sendo jogados fora sem dó porque este é sempre o destino dos
boquirrotos.
A novidade avança cheia de estilo, corajosa e
sagaz na amarração do novo agora, do figurino minimalista, do desafio cumprido
neste intervalo de brincar com o efêmero que mal dá as caras e já vai partindo
para outra banda. Esta vaga pitoresca, com laços prontos para serem desatados
dá a exata dimensão do que vem por aí.
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