Naquele dia eu não resisti e
me ajoelhei perante a vida imaginando que talvez ela considerasse prestar
atenção em mim neste dia importante em que eu parecia desperta para algumas
verdades, estas mesmas que me espreitavam por detrás da bruma dos anos e que se
enfileiravam mansamente diante de mim dançando a valsa da paciência e eu, mesmo
assim, não prestava atenção devida.
Ao me colocar em prece
esvaziei minha alma e deste jeito simplório me coloquei ao dispor do mundo
espiritual que gravita em torno de todos não expressando claramente suas
intenções justamente por serem divinas.
Há neste momento de
esvaziamento do real a oportunidade de reciclar nossos sentimentos bordejando
pela simplicidade da atitude, da aceitação de todas as coisas, da separação do
bem e do mal, avaliando o caminho a ser seguido, coragem para deixar questões,
antes importantes, para trás e por fim renovando a fé na Vida que Deus nos
brindou. Aleluia.