Quase sempre a
reunião era igual a não ser por detalhes que somente aconteciam aos olhos mais
aguçados, aos ouvidos mais atentos, aos corpos com jogo de cintura na
observância e que por força do hábito eram deixados de lado. Deste jeito
peculiar quando a convocação acontecia os atraídos chegavam céleres, sabendo de
antemão o que o encontro iria apresentar sem que a mesmice chateasse ninguém.
Esta observação fica bem mais interessante quando a gente se dá conta que nem
sempre o acostumado continua em boa forma e que a reversão do jeito está sempre
à espreita.
O ar livre não
era bem vindo porque o sol era defenestrado e o vento igualmente era o algoz da
brasa e me faltam dedos para recontar os tantos inconvenientes apresentados.
Porém, o entendimento em mil voltas rezava que assim acontecia e não havia
interesse em mudar, talvez por uma falta de vontade de se opor, talvez por uma
contumaz mania de deixar para lá. Até que um dia as suspeitas de que o ambiente
não estava com uma aura favorável veio
chacoalhar aqueles que com olhares miúdos atentos estavam, sem falar nos
ouvidos afinados de poucas cabeças que assistiam sem bailar na dúvida.
Não demorou
muito para que a percepção de tudo disposto não cumprisse com igualdade a
todos, e que os discursos se azedassem mal fosse feita interlocução de qualquer assunto, atiçando a
ira de quem chamava à si o convescote. Entre olhares a galera se perguntava
qual foi o efeito de meia dúzia de palavras que provocaram esta quebra no
protocolo que sempre funcionou e que ninguém questionava, apenas seguia. Talvez
possa existir certo incomodo no individual que anda com dificuldade de permear
a parcimônia no contraditório ou, quem sabe, em um
simplório “mea culpa”. O convescote acabou melancólico, distraído do objetivo e
em algumas almas, ferido, distanciando-se para sempre da redenção.
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