Uma vez ou outra fico pensando na distância
que de certa forma pode ser até metafórica porque não lhe consigo alcançar em
toda sua extensão, fico constrangida de pensar em fatos reais e pender para um
lado mais triste desta condição que pode ser um prego em qualquer sapato, mas,
também a redenção em qualquer chinelo velho havaianas que segure as tiras.
Sempre arremeto para o mais sofrido, para o que me falta de estar por perto,
para uma trilha secular que me separa da vida, que por qualquer motivo oculta
as métricas do que mais me faz sofrer.
E, com certa surpresa, vou me inteirando que
ela pode ser multiplataforma e sim, atingir os tantos outros que bem perto
estão, mas que alhures se encontram na verdade, demonstrando que estar
encostado não significa estarem junto, existindo ali, grandes ou pequenos
abismos que a vida oferece como aperitivo de escolha. Uma birita que emborracha
os que se afastaram e também os que foram deixados para trás e, assim
inebriados ambos, nenhum consegue enxergar os anos-luz que se interpõe por ali,
para validar que a distância pode ser próxima ou derradeiramente separatista.
Em sendo uma coisa ou outra, penso sempre que
as encurto ao imaginar que a trajetória de cada um tem suas opções,
independente do PHD vencido por um entre tantos ou por tantos entre um só. Não
se faz necessário muitas letras para sentir o que um coração passa a determinar
para todo o seu ser, uma vez que ele se sinta em abandono, e, não haverá Cristo
reencarnado que cicatrize tal ferida. Não existe aloha em nenhuma praia
paradisíaca que irá pintar em tintas aquareladas, as feridas que vez ou outra
se abrem a sangrar uma ida.
Então, a dita anos-luz, que se vai sem olhar
para trás deixa sabores amargos em alguns e em outros nem tanto porque vale mesmo,
dizem outros por aí, que certos bibelôs valem mais que uma vida e talvez eu
acredite neste despautério, porque soa assim como uma música bacana, um bálsamo
que arde mas não cura, uma mentira caridosa, um engano de parte a parte e assim
todos os quilômetros se abstraem nas ausências que,
podem estar rondando, quem sabe, ou se diluindo no ar como bênçãos de Deus que
as envia para que as esqueçamos.
Um comentário:
Que encanto ler tuas crônicas,amiga Vera,
sempre inspirada. Parabéns!!!
Postar um comentário