Acordei tonta, estremunhada e diferente. Vaguei pela casa esquecendo a rotina de ligar a cafeteira, o computador e voltar para cama esperando que a vida acabasse ou se, não houvesse jeito mesmo, eu teria de levantar.
Também não olhei para ver se tinha sol ou se o tempo me dizia que eu deveria saltar em cima de uma bike e pedalar furiosamente aqueles 20 quilômetros dos diabos ou se deveria ir para academia. Na verdade, não me pareceu que eu fizesse exercícios ou me preocupasse com isso.
Continuei desarrumada, descalça e sem rumo e me dei conta que eu não sabia se estava na cidade ou na praia e não tinha a menor idéia se precisava trabalhar, ter de articular conversas bobas, me rebelar ou dormir toda a tarde.
Senti que faltava alguma coisa, tipo um ou mais fãs, um namorado, mas nada me veio na lembrança e fiquei pensando que seria sómente uma fase.
Neste delírio o sol afundou no horizonte e eu compreendi.
Passei o dia, alhures, com 25 anos.
Um comentário:
Vera querida,
como eu gostaria de me mostrar mais, como fazes. Vou ter que dar um jeito na minha cabeça. Então... Beijos.
Maria Rosa
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