sábado, 17 de agosto de 2013

Desvendando



Fiquei olhando fixamente para aquele nome e não me ocorria de o reconhecer,   mas senti um vento quente passando no recinto, e uma sensação de clima claro, confortável e alegre.
Também me senti muito jovem, ruidosa e destemperada. Avancei mais um pouco para dentro de mim e fui catando outras lembranças porque a faina de descobrir o autor da mensagem me trazia um certo bem estar e muita curiosidade, medos à parte de vírus letais que perpassam solenemente pelos céus de hoje.

Junto com estas sensações me veio à boca o gosto do drink “Alexander”, uma bebida que aqueceu a garganta em outra era, poderia  dizer. Junto com este sabor, uma vista geral de barulho, fumaça e muita gente. Algazarra, muito vento, risadas, calor, lindas imagens, muita conversa. Afirmo, porém, que esta recordação me veio em tom difuso e antigo.
Decidi ir mais fundo, esgravatando nas gavetas da alma porque a juventude tomou conta de mim e a esta altura minha pele renovara-se, eu não sentia preocupação a respeito do futuro e a data presente era bem vivida e aceita, como sendo a única coisa a fazer. E, de fato, era. A oportunidade de voltar um pouco ou muito no tempo, traz em si a conveniência de revermos a vida como  se fosse um curta de cinema.

Parei  para  pensar e não somente sentir. Cravei o olhar na tela e senti a pulsação cardíaca subir, empenhada em saber quem se representava naquele nome misterioso.
Do nada, ele surge magrinho, cabelo comprido, riso fácil, fala apressada.

Descobri.

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