Escrever para viver e viver para escrever. A inspiração é o meu objeto de desejo a cada amanhecer e assim minha alma fica fortalecida no encontro do silêncio e da natureza marítima. Leiam com bons olhos! Mail para contato: verarenner43@gmail.com vera renner
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Marionete
O cabo ligado em cordas disfarçadas de seda movia todos os seus membros, acionando braços e pernas sem vida de si, mas outorgada a outrem como se fosse um ímã. A sensação de ser um títere, cuja personalidade se foi há muito, ou talvez nunca tenha se estabelecido, foi relevante para que a dança de marionete se fundasse.
Em um levante de dedos todos os comandos em alta com a cabeça se agitando e sendo obrigada a enxergar a demanda do autor.
A situação se movimentou em muitos e certa fraqueza assolou o articulista que começou a derrear comandos, deixando o marionete por sua própria conta.
Acovardou-se, o pobre, na batida ligeira de todos enredados. Fugiu.
Atirado ao solo, sem as amarras que lhe montavam a carcaça e livre dos cabos que lhe concediam o movimento autorizado, recuperou sozinho sua identidade roubada, por um período, com seu próprio consentimento, diga-se a verdade.
Um pouco resvalado e ainda com a sensação da linha de força a lhe enlaçar, lá se foi o marionete.
Em direção a si mesmo, por enquanto.
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Um comentário:
Vera,
que linda imagem!!! Dá para imaginar algumas pessoas. Dá para imaginar-se em alguns momentos.
Beijos.
Maria Rosa
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