quarta-feira, 8 de outubro de 2025

 


Andei por aí um pouco perdida pois aparentemente o caminho anda se confundindo nas ruas entremeadas em aparente confusão de mapa me induzindo a não reconhecer nenhuma delas no meu GPS mental e, de outra parte, atravesso uma rua e ao dobrar a esquina me perco no contexto me assustando com este detalhe da minha rotina que se apresenta sem me dar alternativa.

Busquei dentro de mim a trilha de ontem e, por este motivo, me veio à mente a passagem diária que segue um atalho inspirador no trecho que sempre encontro deixado pela natureza na virada da noite para o dia. Surge sempre uma sutil inspiração que encontra abrigo no que a natureza deixou em aberto e um convite para seguir os pequenos milagres surgidos neste intervalo.

E, de fato, alguns eventos aconteceram neste alvorecer como novas flores de colorido inusitado em meio ao inço que resolveu inovar brotando na borda da calçada, longe de ser pisoteado. Um bando de borboletas amarelas veio me buscar solicitando que eu as seguisse e, na sequência, um cachorro de rua engancha nos meus calcanhares me seguindo e apontando um caminho novo.

Até então eu continuava com a mente à deriva e me convencia que estes sinais aleatórios me levariam a distração eterna, quando, na virada de um beco, deparei-me com uma estrada de ferro ainda aparentando proteção no traçado. A ferrovia possui no seu dorso de terra misturada com pedregulho um broto da mimosa Flor do Campo colorindo o único sinal de vida nesta abandonada estrada que possui destino sem desvio e chegada em cima da hora.

 

 

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