Hoje com esta pasmaceira
peculiar dos dias amenos de outono onde nem o vento nem o sol querem andar
juntos, minha mente, meus sentimentos e minha alma, inclusive, entraram no modo
retrogrado e desde bem cedo ando esquecendo certas palavras, dificultando a
minha entrada neste mundo de falatórios de toda laia ao qual sou empurrada toda
hora, todo dia, mas não todo sempre, acreditem.
Acabei pensando que talvez o
dia, matreiro, sem ter o que fazer de relevante, tenha resolvido me enviar
desafios, me obrigando a duvidar de minha linha de pensamento, ou do destino
das minhas ultimas letras no confuso caderno de rascunho que quase sempre anda
perdido pela casa. Posso encontra-lo na mesa de trabalho, embaixo do sofá
depois de um cochilo extemporâneo, atras da almofada, em cima do fogão, da
geladeira, da máquina de lavar ou na bolsa que nunca uso. Como o propósito de
manter este rascunho é para não haver nenhuma perda do alfabeto, que está
sempre me assaltando, a trilha dele dentro da casa faz jus ao conteúdo.
Neste exato momento eu percebi
que o dito cujo de rápidas anotações não se encontrava à vista propositalmente
e entendi, rapidamente, que o dia ameno veio para lembrar que algumas letras inventadas
perambulantes acintosamente por aí, não teriam mais o meu prestigio, portanto,
as eliminei cegamente e segui meu rumo ao santuário da minha escrita imaginando
haver me esquivado de quaisquer assuntos resgatando meu vocabulário. Voilá!
Nenhum comentário:
Postar um comentário