Montei minha árvore de Natal bem no meio da sala para que ela ficasse à vista na circulação e que não passasse despercebida para ninguém que por ali aportasse por qualquer motivo. Aliás, os motivos existem, mas andam sendo demonizados e tocados para baixo do tapete deixando de existir como mágica.
O estranhamento correu por conta da minha opção na escolha dos enfeites porque preferi abrir a caixa dos sentimentos que estão represados em um estojo invisível a olho nu e que se encaixou perfeitamente dentro da minha cabeça compartimentada e rumorosa e ali se quedam pacíficos e com certa paciência deliberada.
Com muita atenção fui buscando um a um os melhores sentimentos para dependurar e deixar bem à vista nos galhos pontiagudos do pinheiro que sangraram meus braços e mãos nesta tentativa insólita, parecendo de certo modo não querendo aceitar que eu determinasse por minha própria conta qualquer outra ação que não fosse os tradicionais enfeites, aliás, engavetados nem sei bem onde. Não me importei, pois era importante alcançar todos os espaços da bela árvore que se oferecia sem resistência a mim.
A inspiração veio me visitar
e naquele momento me pareceu que havia feito a escolha certa tirando da cachola
a Paz colocando-a bem no alto, uma vez que visualizei sua luz branca se
espalhando por toda a casa. Na sequencia, entrou triunfante o Amor que, todo
exibido, foi parar na ponta de um galho e assim correram os correlatos se
acomodando rapidamente: A Fé, Amizade, Gratidão, Compaixão, Admiração,
Satisfação, Alegria, Afeto, Confiança, Empatia e Esperança, esta ultima se
posicionando com bastante clareza. Feliz Natal!
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