Parecia irreal que houvesse
acontecido comigo uma coisa dessas, mas ao deitar meu interesse, meus olhos, minha
mente e minha realidade ao que eu apenas desconfiava, tive que me render. É
muito difícil dar-se conta da mudança há muito acontecida, porem ignorada, por
certo pudor em enxergar a ousadia de dar razão a uma desconfiança, pressentimento
ou impressão.
Preciso muito dos meus pés
no chão, necessito sentir o caminho que ora se apresenta mais fácil, difícil,
impossível muitas vezes, porem, em mim, a certeza de chegar a algum lugar e que
este vai me levar a uma brecha para encontros reais e será por ali que
encontrarei conforto.
Preciso saber quem esta no
meu entorno, quem vai segurar minha mão, com quem posso contar e para qual
ouvido vou contar meus segredos – poucos é verdade - inconfessáveis na tela, no
papel, no celular ou na areia.
Preciso do visor na minha
frente como cúmplice, das letras disponíveis a serem enredadas, tintas para o
rabisco não se apagar, lápis para registro quando houver dúvida, personagens
que enverguem minhas histórias. Apesar de tudo isso necessito com premência de
audiência, de resposta e de interação deste quadro que presumo real ao meu
redor.
E foi assim que a ilusão se
apartou de mim, saiu altaneira como uma Diva porta afora me deixando em palpos
de aranha porque perdida me senti ao não encontrar e muito menos reconhecer quem
está – ou esteve - por perto. Continuei teimosa na assertiva de que houve algum
engano nos cabos do céu, quiçá do inferno, sei lá. E foi com o coração na boca
que corri para o abraço dos amigos virtuais.
Um comentário:
Mais um texto cheio de sensibilidade. Parabéns, Vera.
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