Fui andando por ali imaginando que talvez
fosse interessante ir de ponto a ponto, porém, percebi que não seria possível,
uma vez que este viés que se apresentou a mim sem que eu desejasse, se
arrodeava de tantas voltas e atalhos que difícil seguir em frente, de cabeça
erguida e sem olhar para os lados. Prestar atenção na caminhada era o que se
propunha este mapa. Um mapa frágil, aliás, que não faz muito sentido porque
todos os mapas se dão o desfrute de serem heroicos, certeiros e prestativos
para quem está perdido, principalmente. Mas não esse, bordado com uma tênue
linha de seda fabricada pelos interiores do pessoal de tantas patas e muito
laborioso.
Apurei a percepção que ora se demonstrava
ilusória e assim eu fui tateando naquelas tantas dobras, tantos pedaços
interceptados, tantos desvios repentinos, tantas caminhadas alongadas e sem
propósito aparentemente, que me deixaram apreensiva de seguir em frente, mais
não fosse por me dar certo cansaço.
A fadiga que me assoma de repente vem a
calhar com estes rumos desvairados, apontando para tantos lados e com tanto
risco de me grudar em um destes fios como se um inseto fosse, como se de uma
hora para outra me tornasse alimento, como se assim, do nada, resolvessem
acabar com a minha raça neste enredo inusitado aonde me joguei cegamente. Como
percebi que este curioso ardil tinha em si vários objetivos, resolvi pensar
para qual destino eu iria me atirar.
Então, subitamente entendi que, havia aos
meus pés uma teia perfeitamente engendrada para eu pudesse optar pelos três
caminhos que ela me apontava e se oferecia sedutoramente, sendo um deles uma
casa bem confortável onde poderia me ater e criar assim o meu próprio mundo
onde avistaria o universo como um todo, onde talvez estas cordas elásticas me
levassem e me trouxessem de volta alguns sonhos e assim eu pudesse partilhar esta
vida que ora se impõe. Sem pensar escolhi o encadeamento que me trouxesse tudo
o que eu sempre tive em mim e assim, passar tudo a limpo.
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