Fim do mundo é o melhor lugar para se estar
uma vez que se encontra sempre no fim da fila das opções, que podem ter sido
muitas para uns e para outros nem tanto. Um lugar fincado no chão com uma
fundação tão bem feita que nenhum furacão consegue retirar fiapo de madeira
dali e assim vai passando o tempo, as estruturas se consolidando com um ar de segurança
tão premente como a força da gravidade.
Muitas passagens repletas de conteúdo relevante
que direcionam a energia para o mundo vibrante que se apresenta, sempre novo em
folha. Parece uma situação de musical com violino perfeito que vem a todo o
momento lembrar que no diapasão, cordas esturricadas é que dão o tom adequado.
Passeando sem rumo vamos dando de cara com
muitas escolhas se apresentando e talvez um pouco por acaso e sorte ou por
ansiedade de serem assertivas as opções vão sendo feitas a toque de caixa,
porque é a melhor hora de se fazer, porque tem que aproveitar a oportunidade,
porque não vejo outro caminho ou porque simplesmente não há tempo para pensar.
De novo o obrigatório pede uma dança, e
aquele salão parecia mesmo refulgente, uníssono e por demais glamoroso
e para quem pedisse passagem à senha era serventia da casa na entrada, não
havendo nenhuma chance ou hipótese de se voltar atrás. Parece então que deste
jeito a coisa anda, no cabresto e no arresto, sempre no sentido da mão,
colocando um pé atrás do outro para não desequilibrar e desta feita se
configura mais um local.
E então, quando menos se espera, o Fim do Mundo vem
dar o ar da sua graça com jeito de quem não vai embora. Para reconhecer sua
chegada é bom afinar o ouvido, apurar o olfato, lavar os olhos e buscar aquele
sorriso antigo em algum lugar. Nesta banda não há urgência de nada porque tudo
acontece no tempo divino, da essência recuperada, do assombro de se ver como se
achava que se era, de descobrir todo dia um pedaço de si esquecido, porém agora
juntado.
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