Fui andando sem olhar para trás porque estava
cansada de conversar com a minha cabeça que não me auxilia e às vezes acho que está
mais para miolo mole. Então olhei para frente, para o nada e é para lá que eu
vou. Nem sei o que fica para trás, mas vou fazer considerações como o dia de
bobeira que me permite ficar ausente da vida, catando o que não fazer para
poder mais tarde juntar tudo em um ramalhete de vagabundagem.
No rol insuspeito que estava se considerando
o tal por eu finalmente ter-lhe dado atenção e achando que qualquer coisa que
viesse a tona agora teria serventia, se enganou, não era esta a minha intenção.
Eu queria comemorar minhas falhas olhando-as de frente e apreciando que sem
medo tudo fica mais fácil, mais completo e nítido.
De repente ficou muito divertido perceber que
esqueci coisas importantes, dando-me conta de que havia um quê de causa e
efeito inconsciente. Os acusadores neurônios da culpa se movem sem serem
notados e sempre dão uma mãozinha sem consequências maiores. Então começa a
varrer a consciência tantas outras derrapadas que soaram insignificantes de
certa forma, mas hoje, começam a bobear na minha frente como sendo burradas
apenas.
Andei mais um pouco no delírio dos erros e
fui crendo que foram muitos e agora todos pareciam ninharia. Uma falha se eterniza no momento em que é
lembrada como um fardo, costurado com as linhas da culpa e assim esta mochila
exagerada na feição e carga se insere como se ao nosso corpo pertencesse. Afinal,
o andar desta carruagem e da martelagem na causa antiga leva à exaustão
emergindo das impossibilidades a absolvição, que finalmente oxigena o ramalhete.
Nenhum comentário:
Postar um comentário