Virei-me, revirei, dei tratos à bola e não
conseguia me livrar daquele assunto, que não por acaso, veio se acomodar no meu
colo. Colo magrela, que não fascina ninguém, vai ver que é por isso mesmo que achou
de se estabelecer comigo e ali ficar, como se fosse de importância. Devo dizer
que de assuntos ruins estou farta, mas, aparentemente, eles não estão fartos de
mim. Deve ser porque não lhes dou a mínima, porém não os esqueço.
Então, agora, se estabelece em minha mente
aquele revés traiçoeiro que costuma pintar na ponta da cabeça como se fosse uma
seta afiada prenhe de veneno e que vai derrubando todas as alternativas de
reação. E aí, acontece o óbvio, a língua destrava e vai reverberando opiniões,
acontecimentos, histórias requentadas e mais não sei que tanta coisa que
acontece neste fim de mundo abençoado, que me dá asas a todo tipo de
elucubração, fomentando mil verbetes para que eu possa me esbaldar nas
lembranças tiranas.
Vai dai que eu me pergunto o porquê deste
destemperado pensar celerado, repleto de invencionices que credencio no vai da
valsa, deixando o assunto cheio de intrigas que se somam a uma verdade inicial,
certamente. E é esta verdade que me atucana, que me põe em palpos de aranha,
que me tira o sono e que vem com tudo para ser desafiada.
O tempo deu uns passinhos à frente, para me
aliviar eu acho, mas muito não adiantou, porque agora, menos ansiosa deixo
vagar historias que por qualquer motivo travei e não as reconheci como minhas.
Porém desta feita, elas se deram a conhecer de
uma maneira fortuita como os personagens que as compõem, o são ou foram. Não
precisei nem remexer no passado, as ditas cujas surgiram no momento em que
outras iguais a elas vieram se somar, e de fato, agora, me alertar.
Por
este motivo meu desagravo, minha mente aditivada borbulhando assuntos
incontestes e de má serventia vem achincalhar o meu colo. Digo não, desta feita
por estar agora acompanhada de mim mesma, de quem eu sentia muita saudade.
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