Rodei a baiana ao inverso para me encontrar uma vez que
ando um pouco distraída do dia a dia e das coisas mais comezinhas e, por isto
mesmo interessantes.
Um pouco sem jeito vejo que a conversalhada anda tão
desanimadora que não se consegue mais chegar ao fio da meada sem passar pelo fio
da navalha. Os testes de prumo a toda hora me encontram um pouco desajeitada e
sem muito jeito vou olhando em volta de mim, dou uma esticada no vestido,
engreno a cabeleira enrolada com as mãos e busco a conversa, que, no entanto
não dá o ar da graça.
Deve ser a época ou o passar do tempo que vão pesando ao
invés de acontecer justamente o contrário. Tirar o excesso de peso da memória é
fundamental para podermos alçar vôos mais altos se deixando levar por todas as
brisas correntes, sejam elas mais seguras ou mais impetuosas. Sobrevoando o
presente é necessário dar vôos rasantes no passado fisgando as temporadas de
acertos trazendo-os à luz.
Deixar a vida correr solta é ter consciência que somos meros
coadjuvantes dos autores da história escrita implacavelmente, todo dia. Com a leveza assumindo o comando teremos mais
tempo para rodopiar entre muitas respostas enlaçando as soluções e o tempo,
para trás e para frente, irá cochichando com maestria todos os seus segredos.
Ao pé do ouvido.
Um comentário:
Kettielem Jacques 5 de outubro
- Elfo Mor me falou do seu blog. Fui verificar e vi que ele tinha razão. Ótimo em todos os sentidos. parabéns.
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