A grande angular da vida coloca em perspectiva o
furacão do pensamento iniciando uma busca incessante do entendimento do que vai
por aí, no arrasto deste planeta de agora.
Um mundo que nada tem de distinto dos
anteriores. Tudo sempre existiu, só que de formas diferentes, e por isso mesmo
olha-se para trás e para frente num vai e vem de valores ficando difícil
aceitar o que nos ronda. A leitura margeia o olhar interno e, de tanto forçar a
vista, não reconhece mais os desejos e as verdades.
Que
era é esta cuja obrigatoriedade perpassa pelo que não importa, que delata a
precariedade dos anseios e que não repercute no melhor e não acrescenta um
mínimo de valor de vida. Obrigados estamos a olhar o que nos
desagrada e não traz frutos, assim como coagidos por todas as forças que vão
contra a natureza e a essência de cada um.
Decidi pendurar meus olhos em lentes coloridas. As
róseas darão alívio ao que vem cansado, as avermelhadas trarão quentura ao
desafortunado, as azuis chegam com a paz em seu bojo, todas as nuances do preto
traz confiança e as brancas desabotoam os olhos. O formato de
“pince-nez” desenrola a macega espessa que encobre a vida. Um olhar aos
cornos da lua.
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