Sentei-me numa posição bem incômoda, de modo que a
qualquer momento eu pudesse saltar para o lado, ou no pescoço de alguém, ou me
jogar no ar com apenas o espaço a me aconchegar e em seu peito azul flanar e
cair em qualquer lugar. Vou deixar humildemente que esta seja a escolha do vento,
ou dos pássaros, que pegarão para si a tarefa de me ocultar da vida.
Assim postada, as possibilidades perpassam diante de mim
como múltiplas escolhas de um jogo que todos estão empenhados em jogar e eu não
mais.
A insistência em se familiarizar com o inoportuno é uma
das pragas da atualidade que temos de enfrentar estoicamente todo dia, apesar
do cansaço da mesmice dos assuntos que na modernidade fazem do ter e fazer a
sua meta.
Inglória a busca de arrumar parceria que encontre na
sutileza o assunto do dia, e tantos são eles que quanto mais relevantes, mais
escondidos ficam da massa urbana. Vou ensaiar alternativas para quebrar este
protocolo.
Ou trocar de cadeira.
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