E vai daí que ser presa fácil é quase imperativo, mesmo
sendo conseqüência da desatenção. Falta de enxergar melhor, de abrir os olhos,
de tirar da visão aquela pasmaceira insensata que deixa o olhar parado e a boca
aberta, parecendo que realmente não estás ali.
E é no contrapé que vão te acertar. Como se andasses
sempre em frente sem olhar para trás, cuidando da vida agora e dela ali um
pouco adiante, mas não muito, é que a surpresa te pega.
Bem
feito.
E entra em campo a valorosa turminha dos sem noção
composta por todos aqueles que não sabem em que lugar do seu grande armário
está guardada a elegância de gestos e
palavras. No gavetão de roupas de inverno se encontram enroladas as discussões
pró-ativas e no fundão, bem escondida, a falta de humanidade. Na caixa de
sapatos, aquela botina velha que anda pisando em caminhos não autorizados. De
dentro da porcelana antiga, muito bem acondicionada no velho guarda-louças
saltam as expressões contrárias e as
referências sem sentido, manchando a tradição e traindo o bom gosto.
Está na hora de pegar aquela armadura que por um momento
apenas, ficou no esquecimento.
Não dá para cochilar!
Um comentário:
Tenho pensado, até porque tenho me defrontado, exatamente sobre estas reflexões que trazes em tua crônica, que por acasso, hoje foi pauta em minha tarapia.
Que bom saber que meus questionamentos não são únicos. Sou normal!!!
Beijos
Pitá
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