domingo, 2 de outubro de 2011

Diabão




Eu o conheci em meio a tantos outros desconhecidos, porém, o que me chamou a atenção foi a fleuma e a intensidade com que se expressava, se organizando nas falas de forma cordial agressiva se revelando inteiro nas histórias.



Obviamente, emergia com tal alarido dentro do grupo que ficava difícil não lhe prestar a atenção.

As narrativas escorriam do bocal tal qual babugem de animal selvagem com natureza de erradicar o lhe vem de dentro. No caso da besta fera uma vida transformada em irradiosa e barulhenta narrativa.

O celerado não podia ver platéia de dois e já pulava no palco para se apresentar, mesmo que ninguém tenha lhe convidado. É seu jeito de ser no mundo, sempre com destaque e ferocidade onde a simpatia e o carisma se confunde com o exibicionismo e a carência.

Diabão mergulha de olhos abertos em mares, lagos, rios e arroios lamacentos uma vez que a escuridão não lhe amedronta. O desafio se esvanece com porrada na cara.

O insano que eu conheci é um cara absorvente, de simpatia ilimitada, de humor inigualável e risada fácil escorregando feito lontra por entrevidas.

Sempre um adorável pavio curto entrando em cena.

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