Tenho mais paixão pelas palavras do que pela
escrita, com acessos contínuos de trazê-las à berlinda, usando-as para me
deliciar com seus significados, retorcendo um pouco e surpreendendo do tanto
que podem mudar nosso pensamento e atitudes. Portas e janelas se abrem ao novo,
inusitado, diferente.
A portabilidade é uma dessas novas palavras da moda. De
repente temos o direito adquirido de levar a outro protetor tudo o que
recebemos por anos a fio de facilidades e de apego mútuo por aquela senha
gravada na nossa mente e de todos os que queremos bem. O passaporte do contato.
Por ele nos conectamos com o mundo, negociamos desarrufos,
matamos com força de sabre a saudade e chegamos, em segundos, aonde queremos
estar. Do outro lado do nosso fiel servidor sempre tem alguém ou “aquele”
alguém que de pronto atende o chamado. Uma ligação desesperada, outra morrendo
de amor, ou, muito engraçada. Vazar as palavras desta forma se torna
imprescindível para se estar junto, apesar de que as falas ao vivo, com todos
os seus tons, sobre-tons e surpresas estejam tão fora de moda.
Depois de tanta conversação e fidelidade inescapável nos
códigos adquiridos surge outro protetor que nos oferece a mesma coisa
conservando o mesmo número. O poder da sedução moderna joga pesado, e, um pouco
sem pensar, nos atiramos nos braços do distinto que nos promete tudo e muito
mais. Relegamos sem medo nosso futuro das comunicações a este mundo hightech
que se apresenta cheio de promessas de mais simplicidade, mais interatividade,
mais e mais. Tantas juras. Vou fazer a portabilidade do amor no meu coração.
Escrever para viver e viver para escrever. A inspiração é o meu objeto de desejo a cada amanhecer e assim minha alma fica fortalecida no encontro do silêncio e da natureza marítima. Leiam com bons olhos! Mail para contato: verarenner43@gmail.com Vera Lucia Renner
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Proteção
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Um comentário:
Vera,
o jogo de palavras desta crônica foi se desdobrando muito lindo. Foi gostoso de ler.
Beijos.
Maria Rosa
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