Entrelinhas são um fetiche para quem gosta de
andar pela caligrafia enroscando uma aba na outra, fortuindo sinais, inventando
significados e cavando enormes profundezas para a mente vagar. A paranoia, lado
a lado como fiel depositária de todas as verdades ocultas do bem e do mal.
Flanar
na suposição e caçar a besta-fera do segredo.
Nas variantes do disse-me-disse são conjugados muitos verbos
e contados vários assuntos, pairando em estranhas estrofes e rimas sem graça.
Uma missiva enfarruscada, com meandros praticamente intransponíveis e com
imprevisível prego na roda. As entrelinhas confirmam. É rolo.
Teclados abençoados que aceitam todas as batidas ditadas pelo
coração entristecido e confuso seguem em marcha rápida. O alvo não importa. A
questão é desabafar e gravar em fileiras negras o que é pretendido que se
entenda. Um bom monólogo na suposição de acertar a mira e de pronto a distância
para o entendimento. Na transparência cristalina das entrelinhas. É rolo.
Entre palavras se anuncia o desvão do juízo e apesar da
presença e da voz a muda intenção se esvai por um sentido implícito. A maestria
de descobrir se impõe sedutora e esplêndida. Ao vivo as entrelinhas confirmam. É rolo. Em
recados sutis, muito espaço para sonhar. Ai meu Deus.
Escrever para viver e viver para escrever. A inspiração é o meu objeto de desejo a cada amanhecer e assim minha alma fica fortalecida no encontro do silêncio e da natureza marítima. Leiam com bons olhos! Mail para contato: verarenner43@gmail.com Vera Lucia Renner
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Entrelinhas
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