Chegada a hora de pagar a conta e verificar se no ano que
passou ficamos devedores de juros cobrados por nos adiantarmos em nossos feitos
e estripulias, ou, se poupamos para garantir o depois.
No banco da vida vamos consultar o saldo de nossas atitudes e
verificar se ficamos qual cigarras zunindo de um lado para outro sem pensar no
amanhã ou se fomos a formiguinha que de cabeça baixa, analisou e poupou para os
próximos tempos incalculáveis.
Não é fácil fazer o cálculo porque nem sempre estamos com
crédito para decisões importantes e a falta dele, que pode ser a coragem, por
exemplo, nos deixou sem caixa para construir aquele relacionamento, para
conquistar aquele amor tímido que bordejou ao seu redor totalmente inseguro.
Provavelmente não aportou naquela instância em que nosso
alforje sentimental estava dotado de auto-confiança suficiente para aceitar a
oferta. Na surpresa do assédio implícito verificamos nosso saldo e constatamos
que não havia créditos para utilizar e enlaçar o compromisso. O coração,
inadimplente, deve a alma ao diabo por tanto sofrimento e desesperança. Sem
recurso e esquecido, amor adiado.
Vamos dar uma espiadela no cofre das necessidades rotineiras
e substanciais onde, com facilidade, verificamos a abundância e a prosperidade.
Não é de surpreender, porque os esforços de economia foram legados a estes
desígnios que deixaram sólida nossa posição frente ao mundo real. De prontidão
para as questões de método que nos impulsionam para o amanhã, sem juros a
pagar. Nosso crédito nesta conta enche as burras do lógico e do raciocínio
incluindo todas as atitudes correspondentes ao sucesso, como deve ser. Negociações e barganhas.
Escrever para viver e viver para escrever. A inspiração é o meu objeto de desejo a cada amanhecer e assim minha alma fica fortalecida no encontro do silêncio e da natureza marítima. Leiam com bons olhos! Mail para contato: verarenner43@gmail.com Vera Lucia Renner
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Juros
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Dia do amigo
Encontros acontecem a todo instante cruzando nosso caminho, pulverizando a atmosfera que nos envolve com um delicado lampejo divino e entr...

-
A traição impera de certa maneira no nosso dia começando pelo tempo que prometeu ficar de céu azul e se vendeu aos ventos e chuvas, desa...
-
Na primeira vez me chamou a atenção um pé de sapato solitário perdido na beira do mar. Era de homem, e devia estar no fundo do oceano al...
-
Descobri que estou sempre de malas prontas, não importando a viagem. Ao meu alcance, a bolsa do dia a dia que carrega em si as esperanças...
Nenhum comentário:
Postar um comentário