Escrever para viver e viver para escrever. A inspiração é o meu objeto de desejo a cada amanhecer e assim minha alma fica fortalecida no encontro do silêncio e da natureza marítima. Leiam com bons olhos! Mail para contato: verarenner43@gmail.com vera renner
domingo, 12 de dezembro de 2010
Abrir o coração
Abrir o coração pode ser uma cirurgia precisa que vai retirar os incômodos que obstruem o bombeamento da vida e que foram ocasionados pela ingesta moderna e outras nem tanto.
De outro lado, pode ser o estouro da boiada dos nossos sentimentos mais profundos.
Coragem ao relator da efeméride que resolve discorrer sobre suas desditas, renúncias ou mal-querência daqueles a quem destina seu amor. Quase sempre é queixa que está na primeira fila do relato, pontadas doídas de traição, de desamparo e de descaso. Minaram a força interior do pobre que agora, qual zumbi perdido no inferno da própria ousadia, plana solitário.
Abrir o coração é sempre o limiar de nova condição, porque ao purgar o mal versado, o mal dito, as coisas podem tomar novo rumo.
O coração aberto demonstra a fragilidade e a grandeza de se abandonar em uma situação de renúncia. Saber finalizar os atropelos e consertá-los tarde, mas conseguir fazê-lo para si mesmo, demonstra atitude de alforriar o que entupia as artérias da alma.
Relatar o que fere a fogo nossos sentimentos é a solução purgatória de todos os males, limpando o pensamento, dando segurança e coragem para ir em frente, sozinha.
Coração em sintonia fina.
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Um comentário:
Vera,
consegues escrever metáforas lindas, como a do zumbi e a das artérias da alma. Assim, acabamos vagando por outras que construimos nós próprios com a leitura do texto.
Beijos.
Maria Rosa
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