Escrever para viver e viver para escrever. A inspiração é o meu objeto de desejo a cada amanhecer e assim minha alma fica fortalecida no encontro do silêncio e da natureza marítima. Leiam com bons olhos! Mail para contato: verarenner43@gmail.com vera renner
sábado, 1 de maio de 2010
Abajur
Um abajur diz muito de si quando apagado e mais ainda quando inicia sua vida, aceso. Ilumina pouco o ambiente e quase sempre aquele pedacinho da casa. Sempre muito delicado, tem mil feitios.
Mas, a melhor feição dele é no escurecer em que sua luz se confunde com o crepúsculo e assim ele vai criando suas próprias sombras mescladas com as nuances do cair da noite. Uma luz que termina em outra, tímida, cautelosa, uma penumbra que vem avisar que é chegada a hora de se aquietar. Uma cruzada para o sossego.
Assim sou eu quando em luz baixa. Minha mente fica pouco esclarecida e jaz quieta atirada em um canto qualquer. Esmaecem minhas idéias e até parece que se foram para sempre.
O fulgor da vida é assim. Às vezes se afina em tons etéreos, quase transparentes ficando nebuloso o juízo. De tanto ir e vir no meu louco pensar desprender-se do farol interior é necessário.
Do tom sombrio mas profícuo da solidão se refletem ponderações para a próxima ocasião.
Sossegue.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Gosto amargo
Girei os calcanhares com gosto amargo na boca travando meu raciocínio para reconhecer o espaço de tempo que ocupo desde há muito e que hoj...
-
A traição impera de certa maneira no nosso dia começando pelo tempo que prometeu ficar de céu azul e se vendeu aos ventos e chuvas, desa...
-
Na primeira vez me chamou a atenção um pé de sapato solitário perdido na beira do mar. Era de homem, e devia estar no fundo do oceano al...
-
Descobri que estou sempre de malas prontas, não importando a viagem. Ao meu alcance, a bolsa do dia a dia que carrega em si as esperanças de...
Nenhum comentário:
Postar um comentário