domingo, 11 de abril de 2010

Esperança


A esperança, sentido que nos dá a vida e o fazer, aponta para o possível. Mesmo no desânimo dos acontecimentos que teimam em desarrumar as passagens, a empedrar o solo e fazer saltar, a chegada aparece.

Nem sempre é o lugar correto. Muitas vezes, às cegas, as opções batem cabeça no ousado, no incerto, no trágico. E de tanto subir e descer, não se sabe se foi a esperança quem determinou ou se foi a teimosia.

Das escolhas, nem todas são verdadeiras.

O esperar acontece sempre que temos uma ânsia de saber, de ter ou de ir. E fugindo de nós mesmos, não queremos ver nossas escolhas mal reveladas.

Ir ao encalço de si, uma vez que todos os caminhos apontam para os outros.

O andar em frente é a lógica opção mesmo que queiramos andar para trás, rever situações, tropeçar ao contrário. A travessia é sempre um caminho sem volta e ele nunca mais será o mesmo depois de nosso acesso.

Ao levantarmos a poeira e os cascalhos do trajeto, ele se configura em nova alameda que se posta atrás de nós.

Outros trilharão sobre nossas passadas.

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