Escrever para viver e viver para escrever. A inspiração é o meu objeto de desejo a cada amanhecer e assim minha alma fica fortalecida no encontro do silêncio e da natureza marítima. Leiam com bons olhos! Mail para contato: verarenner43@gmail.com vera renner
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Sinal de fumaça
Reunir-se em muitos, às vezes, é surreal porque a situação pode trazer em seu bojo armadilhas da linguagem e da atitude que parecem impossíveis de acontecer. Mas acontecem. Bagagens reunidas no absurdo geram interlocução nem sempre claras.
Tudo pode acontecer no paralelo da comunicação de quem não tem coragem de enfrentar a realidade e vai se esquivando dos adventos e arrancadas das nossas relações fraternas e de amor.
A palavra em alta voz fere como dardos se assim o quisermos. E calam tão fundo que jamais vamos esquecer da “imagem” falada. Da palavra dita por acaso com toda intenção de ofender, com todo cuidado de bafejar a falta de educação espalhando a maledicência.
A palavra, sublime, tem dois lados. Famigerado o que as utiliza para o sinistro.
A palavra escrita fere a fogo quem dela não souber se servir. No conjunto então...Ai meu Deus. Nos diálogos a compreensão não é prova concreta de entendimento comum. Cada um entende os fonemas de uma forma e a expectativa da grafia é maravilhosa por tantos estilos e formas de expressão existentes. Despejar a ira ou o amor em frases alonga teu prazer ou tua fúria. Relatar a realidade – sonho e fantasia - é uma arapuca que quase todos nos metemos.
Praticamente todos os dias.
A palavra não vista quase sempre abriga a mágoa, e, o destino da mesma, é ferir o outro. Parecer supérflua e vacilante, levemente indiferente, a atitude se consolida através da rejeição programada milimetricamente. Tão definitivas e inaudíveis que põe em choque a quem se referem. Quase sempre conquistam seu objetivo que é demonstrar desprezo.
Mas, preste atenção: ninguém destrói quem tem sensibilidade para perceber, esquecer e perdoar.
De repente, fico pensando que em tantas palavras, fiquei eu com saudade do tempo que não vivi: “o sinal de fumaça” dos índios...
Chamativo, silencioso, atencioso, objetivo e muito esclarecedor!
Socorro sem palavras!!!!
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Um comentário:
Vera, estás com as emoções borbulhando e teu texti transmite isso. Te adonas das palavras cada vez mais e as usas como queres, colocaste-as a teu serviço. Que beleza!!!!!!!!
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