domingo, 13 de dezembro de 2009

Espelho





Todo mês vou lá. E me olho no espelho.

E assim se vão anos em que os rumos da minha vida refletida é partilhada, encaminhada e monitorada em lupa.

Poderia ser qualquer reflexo, num e noutro lugar, ou também eu comigo mesma, batendo cabeça.

Estes encontros com meu espectro em perspectiva, em que não há limite na confissão do dia, na abertura do sofrimento e da alegria, vão rasgando meus propósitos, aventando possibilidades e sacaneando meus medos.

Dar-se a ver em ângulos tão alternados como o que nos oferece a vida, exige talento quase sobre-humano no entendimento das redes neurais e neuróticas de cada um.

Limar com freqüência nossas ferragens corroídas é obra de sacrifício, e não é para qualquer um.

A vida muda quando estamos de frente aos nossos parafusos a mais, ou a menos, ou até um pouco frouxos.

A coragem de organizar a parafernália da mente, é nossa.

A tarefa, é do espelho
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