sábado, 14 de novembro de 2009

Ventilador de teto



Conforto térmico é a palavra de ordem quando chega o verão.

Bons ares e vento na moleira é urgente.

Lufa lufa de calorões da idade e do clima deixam mulheres, principalmente, em palpos de aranha.

Então, um ventilador de teto será a redenção refrescando, em primeiro lugar, a mente afoita que queima em fogo lento no trabalho que cada vez aumenta mais.

E o vento na mesa de trabalho agita papéis, pautas, contas, recados amorosos, números de telefones imperdíveis, tudo voa e se movimenta alegremente, e, em vão, queremos alcançar, catar e trazer pra juntinho.

Fora o resto. O restolho.

Impossível.

O vento brinca com nossos legados importantes, fazendo pouco da gente, rodopiando igual catavento ou pipa, girando de cima para baixo e de baixo para cima, à mercê dos ventos uivantes.

Animação imperdível de uma alma ensandecida...

Um príncipe da calmaria. Seja qual for.

Do refresco da tarefeira.

Da mente doida, fugindo toda hora.

Do redemoinho.

Do delírio.

Das impossibilidades.

Do corpo, entregue.

O ventilador de teto vem te dizer que podes amainar teus suores, calmamente.

A brisa sopra fresca.

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