domingo, 27 de julho de 2008

O gosto da comida que se faz com amor

Foto e elaboração do prato: Maria Inês Maia da Cuisine à Trois.

Quem mora só está acostumado a fazer comidinhas maravilhosas para si que são degustadas com o vinho ou espumante preferido. Não raras vezes sobra um pouquinho que vira um congelado no refrigerador.

O ritual de preparo é sempre o mesmo com música de qualidade ao fundo, passinhos de dança pela casa enquanto uma cebola te faz chorar – e já aproveita para fazer um lamento qualquer - o alho miudinho é uma tarefa a ser cumprida com muito cuidado e vem o tomate e especiarias e o fogo e tudo demora muito, mas muito mesmo.

O prazer na tarefa e na expectativa de degustar o manjar dos deuses mesmo sendo um macarrão, eleva nosso espírito e nossa mente ao vazio e ao prazer simplesmente de uma noite ou uma manhã solitária.

Todas estas emoções que envolvem o preparo da comida se impregnam no manjar conferindo um sabor personalíssimo. O sabor, o prazer e a dedicação destes momentos estarão para sempre nesta comida. Mesmo congelada.

Depois de um tempo vais degustar aquele prato congelado que preparaste naquele dia de chuva, ou sol, na praia, no campo, na casa da cidade. A magia daquele dia em que foi elaborada a comida voltará a tua mente através das papilas gustativas que trarão o clima de uma noite ou manhã maravilhosa na companhia de si mesma! Delicioso déjà vu!!!!!

2 comentários:

Unknown disse...

Hummmmmmmmmmm!!! Amei!! Boa esta cozinheira :)

Guto disse...

Caríssima Vera Renner
A alimentação têm um link com o passado indiscutível. Nos doces então, mais ainda. Assim se diz: os doces que a minha avó fazia é que eram bem bons. Os doces da minha tia, quando íamos na fazenda no interior, é que eram maravilhosos. Aquele brownie que comi na Inglaterra foi inesquecível. Os pastéis de Santa Clara estão muito parecidos com os que eu provei em Lisboa... e assim vai. O momento, o dia, a humidade, o calor humano, as paixões. Acho que poder sentir tudo isso é um privilégio do ser humano: ENJOY YOUR SELF. Antonio Harb

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