A mudança de endereço é uma prática comum nos dias de hoje com gente indo pra lá e pra cá em busca da casa própria, do conforto, da felicidade, do espaço prometido, da terra do nunca e da segurança e não sei mais que tantas mil outras necessidades.
Me surpreendo toda vez que alguém sai do meu prédio...Eu falei alguma vez com esta pessoa? Quem é esse individuo que arregaça meus portões e descarrega em um caminhão toda sua tralha e posses deixando os corredores com tantos sons e um apartamento vazio, coitado, chorando a ausência dos donos?
Este espaço agora tem pela frente que sofrer a partida e se recompor para receber novos moradores. Vão respeitar suas paredes? Seus cantos e recantos? Suas estruturas? Irão rasgá-lo com reformas? Vão feri-lo com pregos imensos para pendurar objetos insólitos?
Mas nunca pensei na surpresa da saída de um vizinho de mais de 23 anos. É isso assim mesmo. Porta a porta vendo seus filhos nascerem e crescerem sem nunca privar da intimidade da família. Coisa da raça alemã. Conversas ocasionais de corredor, o tempo, o condomínio, não querendo ninguém se aproximar e assim correram todos estes anos. Numa manhã este vizinho vai embora sem uma palavra, sem um bilhete, sem um telefonema .Mais de vinte anos e fico achando que ninguém é normal.
Na verdade este episódio foi o start para que me me encorajasse a escrever...Tem dois anos. Nunca é tarde
Me surpreendo toda vez que alguém sai do meu prédio...Eu falei alguma vez com esta pessoa? Quem é esse individuo que arregaça meus portões e descarrega em um caminhão toda sua tralha e posses deixando os corredores com tantos sons e um apartamento vazio, coitado, chorando a ausência dos donos?
Este espaço agora tem pela frente que sofrer a partida e se recompor para receber novos moradores. Vão respeitar suas paredes? Seus cantos e recantos? Suas estruturas? Irão rasgá-lo com reformas? Vão feri-lo com pregos imensos para pendurar objetos insólitos?
Mas nunca pensei na surpresa da saída de um vizinho de mais de 23 anos. É isso assim mesmo. Porta a porta vendo seus filhos nascerem e crescerem sem nunca privar da intimidade da família. Coisa da raça alemã. Conversas ocasionais de corredor, o tempo, o condomínio, não querendo ninguém se aproximar e assim correram todos estes anos. Numa manhã este vizinho vai embora sem uma palavra, sem um bilhete, sem um telefonema .Mais de vinte anos e fico achando que ninguém é normal.
Na verdade este episódio foi o start para que me me encorajasse a escrever...Tem dois anos. Nunca é tarde