Mais animada do que
normalmente me larguei para a rua cheia de vento costeiro a balançar minhas
ventas me embarafustando na mata nativa que fica aqui perto do paraíso com a
intenção de me abrigar da fúria natural da estação. Achei que eu estava com sorte ao me deparar
com uma linda bolha transparente que trazia para o meu íntimo o exuberante lado
externo da instigante paisagem o que de certo modo me impelia à reflexão
atribuindo à minha alma certa calma por ter certeza que algumas feridas iriam
cicatrizar.
Decidi entrar nesta bola
transparente e frágil como se fosse de sabão porque tenho aqui dentro do meu
coração que é chegada a hora de isolar o pensamento e deixa-lo à mercê de mim
mesma refletindo de fora para dentro o que eu posso suportar.
Ao contrario da trilha que
empreendi até chegar neste lugar o norte neste isolamento tinha seus passos já
contados em simétrica arrumação, mesmo que eu não pudesse enxergar o local da
chegada ao enveredar por ela. Não tive preocupação porque com toda a certeza
havia um lugar correto construído para mim nesta manhã quente, ventosa e muito
iluminada.
Comecei a seguir pé ante pé,
pedra por pedra o roteiro que a meu ver estava predestinado para hoje,
conseguindo absorver precisamente o significado da paisagem agreste que rodeava
este meu passeio fora da curva em um dia em que minha mente volatilizava tal
qual a brisa em meio a este verdejante caminho. O cenário migrou para dentro de
mim como um balsamo inusitado sôfrego e carente de paz.

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