sábado, 25 de outubro de 2025

Varrido do mapa

 


Desta vez eu percebi que não tem escapatória para estancar os arroubos do velho vento do norte que deve estar querendo se livrar de alguma coisa, pode ser algum desafeto mais recente ou sua mente se emporcalhou tanto que as amarras que o continha em relativa paz romperam.

O certo é que o Sino dos Ventos está audível e preparado para a varredura necessária de todas as energias que ocupa a atmosfera não restando uma partícula flanando por aí, voejando entre os arbustos, obstruindo a distribuição do pólen da primavera que neste período tem a alforria para espalhar o renascimento de sua beleza.

De outra parte o amigo Ventania ajuda na formação de novas almofadas de areia que se acomoda junto as flores silvestres, hera de cômoro, raízes nervosas e firmes de uma vegetação nativa que faz a contenção da beira do mar, não havendo força que elimine o poder da natureza, sempre atenta ao que lhe é retirado. A encosta do oceano faz travessura formando novas ondulações no lugar que antigamente se configurava um acesso livre.

O arrasto que me aparece tem o dom de um guerreiro que arremete contra o exercito que habita o andar de baixo, rasteja entre a erva daninha, se imiscui entre as flores, mas, quem vem na frente é sempre quem comunica que a partir deste momento os ingratos que haverão de temer a força que o Rei do Clima possui desdobrando parte por parte de quem anda para lá e cá sem firmar o compromisso com a Vida.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo texto parabéns!!!👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

Banho de mar

  Engatei a marcha da resolução, pisei firme o pé na areia úmida e gelada seguindo com os olhos vidrados na maré vinda de alto mar até morre...