Desta vez eu percebi que não
tem escapatória para estancar os arroubos do velho vento do norte que deve
estar querendo se livrar de alguma coisa, pode ser algum desafeto mais recente
ou sua mente se emporcalhou tanto que as amarras que o continha em relativa paz
romperam.
O certo é que o Sino dos
Ventos está audível e preparado para a varredura necessária de todas as
energias que ocupa a atmosfera não restando uma partícula flanando por aí,
voejando entre os arbustos, obstruindo a distribuição do pólen da primavera que
neste período tem a alforria para espalhar o renascimento de sua beleza.
De outra parte o amigo
Ventania ajuda na formação de novas almofadas de areia que se acomoda junto as flores
silvestres, hera de cômoro, raízes nervosas e firmes de uma vegetação nativa
que faz a contenção da beira do mar, não havendo força que elimine o poder da
natureza, sempre atenta ao que lhe é retirado. A encosta do oceano faz
travessura formando novas ondulações no lugar que antigamente se configurava um
acesso livre.
O arrasto que me aparece tem o
dom de um guerreiro que arremete contra o exercito que habita o andar de baixo,
rasteja entre a erva daninha, se imiscui entre as flores, mas, quem vem na
frente é sempre quem comunica que a partir deste momento os ingratos que haverão de
temer a força que o Rei do Clima possui desdobrando parte por parte de quem
anda para lá e cá sem firmar o compromisso com a Vida.

Um comentário:
Lindo texto parabéns!!!👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
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