Ela aponta as ventas sempre na
mesma data mesmo que esta, teimosa, não lhe dê o ar da graça, esquece o
compromisso ou, pior ainda, acontece alguns impedimentos que a forçaram a
chegar oculta fazendo assim um suspense na mente de todos que a aguardam com
esperança. Os outros parceiros também são esperados com ansiedade tendo cada um
o seu carisma para criaturas de diferente calibre, mas sempre na data prevista,
como manda o figurino.
Pelo jeito quem hoje reina
soberana é apenas a marca no calendário e este, como sendo comandado por muitos
olhos que fazem as ilustrações com antecipação por este motivo singular e Ela é
apresentada com antecedência pela configuração que será referendada
diferentemente em cada região podendo variar, além da tonalidade de suas cores
tradicionais, sua função na natureza mesmo porque o clima não se comporta aos
seus pés, podendo retardar sua aparição atrapalhando a sua chegada triunfal
para todos.
Neste tempo de espera
invariavelmente começa a surgir os sinais inequívocos da chegada da Princesa do
Clima mesmo que seu antecessor se apegue em sua estadia. A natureza é pontual
mesmo que os seus atores se revoltem. E lá vem o Sol que, ansioso, rasga as
renitentes e pesadas nuvens que tentam ocultar seu brilho, espanta a passarada
que dormita em seus ninhos, sacode o orvalho das flores em botão, amansa o mar,
estanca a correria das areias, ativa o vai e vem de caranguejos e tatuíras e,
agora sim, está iniciada a temporada do pé descalço desafiando as ondas do mar
através de sua espuma Primaveril.

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