Nesta noite eu tive um sonho
que mais parecia ser a minha vida do que uma
vibração de algo maior que veio me visitar ou, quem sabe, uma missão
para cumprir algum secreto desejo meu.
Assim que eu levantei fui olhar a noite escura para poder de alguma
forma me encaixar na visão que assomou minha mente nesta madrugada demonstrando
com nitidez e beleza surreal que não existe companhia onde gravito o que me
coloca em duvida o treino diário da minha mente que volatiza como mariposa
entre tudo o que se apresenta a mim. Faço isso todos os dias sem negociação.
Me senti muito confortável
quando decidi voltar ao meu estado de devaneio para poder usufruir desta visão segura
que surgia nesta madrugada calma, silenciosa e muito iluminada. Eu senti que o
planeta aparentava alegremente o desafio de passar para mim um recado e que eu
de pronto não podia entender. O laço que se estendeu estava invisível a olho nu
nesta noite fulgurante apenas pelos seus astros mais fiéis garantindo que o mundo
estava longe de mim me deixando sem ação.
Pensei em recorrer a escadas
imaginárias para poder alcançar esta borda mais próxima e que, se quisesse,
poderia tocar ou até galgar alguma posição, mas achei que isto não iria
resolver a minha duvida em relação ao conteúdo que esta figura queria representar
e muito menos me comunicar.
Continuei a divagar me dando a
impressão que devia neste momento tão solitário soltar este costume de
impulsivamente criar vínculos onde não há, manejar o pensamento de que isto,
aquilo e aquilo outro possa ser feito, encontrar uma história que justifique um
sentimento e mais um sem numero de possibilidades que a usina da minha cabeça
possa inventar. Foi assim que galguei a escada invisível que me levou ao lugar
onde tudo acontece de fato.
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