Fiquei olhando fixamente para
aquele nome e não me ocorria de o reconhecer, mas senti um
vento quente passando no recinto, e uma sensação de clima claro, confortável e
alegre. Também me senti muito jovem, ruidosa e destemperada. Avancei mais um
pouco para dentro de mim e fui catando outras lembranças porque a faina de
descobrir o autor da mensagem me trazia um certo bem estar e muita
curiosidade, medos à parte de vírus letais que perpassam solenemente pelos céus
de hoje.
Junto com estas sensações me
veio à boca o gosto do drink “Alexander”, uma bebida
que aqueceu a garganta em outra era, poderia dizer. Junto com
este sabor, uma vista geral de barulho, fumaça e muita gente. Algazarra, muito
vento, risadas, calor, lindas imagens, muita conversa. Afirmo, porém, que esta
recordação me veio em tom difuso e antigo.
Decidi ir mais fundo,
esgravatando nas gavetas da alma porque a juventude tomou conta de mim e a esta
altura minha pele renovara-se, eu não sentia preocupação a respeito do futuro e
a data presente era bem vivida e aceita, como sendo a única coisa a fazer. E,
de fato, era. A oportunidade de voltar um pouco ou muito no tempo, traz em si a
conveniência de revermos a vida como se fosse um curta de cinema.
Parei para pensar e não somente
sentir. Cravei o olhar na tela e senti a pulsação cardíaca subir, empenhada em
saber quem se representava naquele nome misterioso. Do nada, ele surge
magrinho, cabelo comprido, riso fácil, fala apressada. Descobri.
2 comentários:
Belíssimo
Muito bom!
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