Finalmente chegou o caminhão
de mudança, aquele escolhido a dedo pois o que será carregado contém
preciosidades de uma vida, ocasionando uma nostalgia pelo simples fato de que
algo possa ocorrer nesta mudança de lar. O reposicionamento dos objetos e
móveis alertam para a virada de chave que está prestes a acontecer causando um
impacto significativo na rotina e no seguimento do tempo.
O processo se inicia com a
premência da alma pela mudança e a ideia fica batendo como um sino na cachola e
deste modo contumaz e obsessivo as coisas da casa começam a perambular pela
mente que tenta de qualquer maneira encaixar tudo, algumas coisas, depois quase
nada tudo no próximo passo.
Na alma precisa ser acomodado
todos os sentimentos, os bons, os contraditórios e os espinhosos não havendo permissão
para esquecimento. Eles farão parte da costura entre uma fase e outra da vida
como um véu divino.
No caminhão da verdade,
amontoadas as traquitanas, na hora da partida se engalfinharam na posição de
liderança da carga o que resultou na batalha de o que devo deixar para trás, o
que devo levar, se instalando o drama dos mutantes. Ao fim e ao cabo fica
apenas o relevante afetivo físico com a alma plena de espaço. Bem-vindo.
Um comentário:
Acabei de ler mais uma de tuas obras primas Vera Renner.parabens adorei continue escrevendo me faz muito bem ler suas cronicas .cada uma com sua peculharidade e sempre de alguma forma me tras algo de muito agradavel.obrigada
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