Nesta andança entre as muretas
da vida ando cismada com o tanto de corrente
- físicas e imaginárias - que circulam por ai, algumas me cercando com
fúria, outras frágeis a um simples olhar e tantas outras encadeadas de
palavras, atitudes, assuntos, histórias e o mais que se imaginar, rendendo boa
reflexão, muitas vezes em momentos que o desejo é apenas de ficar em silencio,
solitariamente na companhia do mar.
Impossível não entender que o
cerco das palavras vem em primeiro lugar, muitas vezes não dando a perceber se
vem a galope, montado em alguma injúria, voando na asa da controvérsia ou a par
e passo com a falta de respeito generalizado.
À primeira vista parece apenas
um grande emaranhado, mas, observando com mais vagar a percepção é de cercas
vivas e atuantes junto ao mais delicado sentimento e que pode ocasionar um
desvio no tempo de agora, um pensamento comovido, uma tristeza, uma decepção.
Romper o grilhão que se
apresenta fora de contexto vai acontecer, mais cedo ou mais tarde, aliviando o
panorama no entorno, deixando que novamente e mais uma vez prevaleça o
encantamento de perceber a renovação do bem em volta de si com o tempo passando
leve e sintonizado neste lado da cerca.
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