quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Entre elos

 


Nesta andança entre as muretas da vida ando cismada com o tanto de corrente  - físicas e imaginárias - que circulam por ai, algumas me cercando com fúria, outras frágeis a um simples olhar e tantas outras encadeadas de palavras, atitudes, assuntos, histórias e o mais que se imaginar, rendendo boa reflexão, muitas vezes em momentos que o desejo é apenas de ficar em silencio, solitariamente na companhia do mar.

Impossível não entender que o cerco das palavras vem em primeiro lugar, muitas vezes não dando a perceber se vem a galope, montado em alguma injúria, voando na asa da controvérsia ou a par e passo com a falta de respeito generalizado.

À primeira vista parece apenas um grande emaranhado, mas, observando com mais vagar a percepção é de cercas vivas e atuantes junto ao mais delicado sentimento e que pode ocasionar um desvio no tempo de agora, um pensamento comovido, uma tristeza, uma decepção.

Romper o grilhão que se apresenta fora de contexto vai acontecer, mais cedo ou mais tarde, aliviando o panorama no entorno, deixando que novamente e mais uma vez prevaleça o encantamento de perceber a renovação do bem em volta de si com o tempo passando leve e sintonizado neste lado da cerca.

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