Encontrei aquele rolo no meio dos meus guardados, aqueles que vieram de longe aportar por aqui para todo o sempre exatamente como determinei com extrema arrogância tempos atrás, porém, não me importo porque eu me lembro de haver determinado esta sina e ai de mim se não a cumprisse ou se por motivo quaisquer não fizesse valer a promessa de mim para mim.
O dito cujo é apenas uma imagem grampeada de tantas alegorias que me arrodeiam e me provocam nos ganchos do espaço volátil em que me encontro, tanto os perdidos como os achados. Eu reconheço que se trata de apenas uma ilustração, uma das tantas que parece saber de antemão que eu as tratarei com muito cuidado e as colocarei na prateleira permanente do meu imaginário que - caprichoso - se deleita ao realizar o armazenamento improvável.
Talvez a figuração, assim de pronto, não pareça certeira ou com alguma probabilidade de se encaixar junto a mim com um significado real, mas ao analisar com olhos de lince eu encontrei dentro de mim algo que poderia ser representado por esta enovelada figura que se exibe em uma demonstração sinistra e provocativa.
Vai ver que foi por esta
intuição de aproveitamento que eu a guardei. Quem sabe a sinistra imagem vai me
lembrar de algo importante, algo que devo estar enredada provavelmente sem
saber e talvez por isso eu a arrecadei. Talvez por isso eu achasse por bem me
parecer com ela de tempos em tempos. Talvez por isso hoje ela se atravesse
frente a mim surgindo da galeria volúvel para me provocar, para inquirir se
ainda me pareço com o encordoado, se já não é tempo de me libertar destes barbantes
que me seguram. Ou, pior, que sugere que eu vá sempre por ali, exatamente de
onde quero me safar.
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