sábado, 7 de novembro de 2020

Vou ficar

Resolvi me aquerenciar na minha imaginação e assim subi para este lugar lúdico, com a beleza das nuvens a me rodear porque me parece premente neste momento forçar uma parada estratégica para olhar de cima, deixar o coração flutuar na vida, fechar um pouco os olhos e diminuir a contemplação ao que se procede no andar de baixo da existência, parecendo, inclusive, que momentaneamente, está situada dentro de uma zona que flutua entre o descabimento da razão e o perigo de toda a ordem. 

Desqualificadas as horas que se amontoam uma por sobre as outras como se soterrasse os fios da esperança que liga o vivente mais obtuso e simplório em seu entendimento diário ao que de mais estranho possa nos parecer por hora: o abuso da capacidade Imoral que se impregnou em uns e outros que traz no arrasto os muitos e vários que seguem estonteados na caminhada deste roteiro que leva a todos aos confins da terra. 

As chances de que haja um norte seguro, uma trilha palmilhada com pedras arredondadas que se unem para assoalhar a passagem do ingênuo, do apavorado, do velho, do novo do saudável e do doente foge aos olhos dos simples mortais que descalços de compreensão seguem perdidos de si e dos outros.


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