Amigos, o texto que publico
aqui não é de minha autoria, porém me foi enviado com especial carinho por um
amicíssimo meu, incorrigível, que vê a vida se esvair sem ter concluído
múltiplos planos, mas mesmo assim, quando a derradeira hora chegar, partirá mentindo
que valeu a pena. Que pena, agir com incoerência, mas que seja perdoado, porque
humano que foi não podia ser perfeito e acabado!
As
Zonas que habitamos, até sem frequentar!
Zona de Conforto é pior que
a do Meretrício, não pelo objeto em si, mas por mostrar quem tem sangue nas
veias, pulsos de aço e coração cheio de amor para dar e vender. Não vire o
rosto, não baixe os olhos e nem faça cara de nojo, pois grandes escritores só
assim foram considerados, porque descortinaram tudo quanto foi possível para
rasgar o véu da mediocridade e da hipocrisia e só ficaram na história porque
enfrentaram com fineza de trato as letras e foram incansáveis em evitar meias
palavras, porque se assim não fosse, talvez você não ainda vivesse em pecado
por pensar com alguma picardia, viajar ao plano do inusitado e dizer, alto e
bom som, que és humano, que vive que ri e que chora, porque és a maior obra
viva do Criador.
Se fores assim, por certo
tem amigos, tem confidentes que não são inconfidentes, tem segredos de alcova e
só privou e a dividiu com a fina flor do bem, do amor e da paixão. Creio em ti
acima de todas as coisas, como alguém que sei que no penhasco me esticará a mão
e não engolirá o último pedaço do pão quando possamos dividir a fome. És um ser
que orgulha teus amigos, tua família e até o Padre, por mais tradicional,
convencional e conservador que ele seja, sempre terás dele a predileção. Ora,
quem dera se todos os humanos assim fossem, sem vergonha, sem receio e sem
vulgaridade ao ponto de cumprimentar a todos e sentir-se bem até dançando no
cabaré, sendo cordiais e solícitos para ladrões, prostitutas, rufiões até para
os safados dos políticos, sem, contudo se permitir aconchegarem-se à promiscuidade,
à vã luxúria e ao uso das pessoas, como se objeto fossem.
Eis, pois meu grito, meu
desabafo, que em verdade é uma conclamação para que sejamos mais diretos, sem
truques nem magia, solidários, fraternos, caritativos, amigos e até
orientadores dos incautos. Sejamos, pois, a efetiva externação da obra sublime
que nos deu vontade, fala, visão e senso crítico, mas que também nos impregnou
de muito amor, paixão e belos sentimentos por quem amamos.
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