segunda-feira, 27 de maio de 2019

As Zonas que habitamos, até sem frequentar!



Amigos, o texto que publico aqui não é de minha autoria, porém me foi enviado com especial carinho por um amicíssimo meu, incorrigível, que vê a vida se esvair sem ter concluído múltiplos planos, mas mesmo assim, quando a derradeira hora chegar, partirá mentindo que valeu a pena. Que pena, agir com incoerência, mas que seja perdoado, porque humano que foi não podia ser perfeito e acabado!

As Zonas que habitamos, até sem frequentar!

Zona de Conforto é pior que a do Meretrício, não pelo objeto em si, mas por mostrar quem tem sangue nas veias, pulsos de aço e coração cheio de amor para dar e vender. Não vire o rosto, não baixe os olhos e nem faça cara de nojo, pois grandes escritores só assim foram considerados, porque descortinaram tudo quanto foi possível para rasgar o véu da mediocridade e da hipocrisia e só ficaram na história porque enfrentaram com fineza de trato as letras e foram incansáveis em evitar meias palavras, porque se assim não fosse, talvez você não ainda vivesse em pecado por pensar com alguma picardia, viajar ao plano do inusitado e dizer, alto e bom som, que és humano, que vive que ri e que chora, porque és a maior obra viva do Criador.

Se fores assim, por certo tem amigos, tem confidentes que não são inconfidentes, tem segredos de alcova e só privou e a dividiu com a fina flor do bem, do amor e da paixão. Creio em ti acima de todas as coisas, como alguém que sei que no penhasco me esticará a mão e não engolirá o último pedaço do pão quando possamos dividir a fome. És um ser que orgulha teus amigos, tua família e até o Padre, por mais tradicional, convencional e conservador que ele seja, sempre terás dele a predileção. Ora, quem dera se todos os humanos assim fossem, sem vergonha, sem receio e sem vulgaridade ao ponto de cumprimentar a todos e sentir-se bem até dançando no cabaré, sendo cordiais e solícitos para ladrões, prostitutas, rufiões até para os safados dos políticos, sem, contudo se permitir aconchegarem-se à promiscuidade, à vã luxúria e ao uso das pessoas, como se objeto fossem.

Eis, pois meu grito, meu desabafo, que em verdade é uma conclamação para que sejamos mais diretos, sem truques nem magia, solidários, fraternos, caritativos, amigos e até orientadores dos incautos. Sejamos, pois, a efetiva externação da obra sublime que nos deu vontade, fala, visão e senso crítico, mas que também nos impregnou de muito amor, paixão e belos sentimentos por quem amamos.

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