Como sempre acontece, o
despreparo é bola cheia no encalço da testa desatenta e que está na vista certeira
dos múltiplos talentos que por serem tão focados em seus objetivos praticamente
não caminham com e entre os outros, mas sim, planam sobre tudo num jogo absurdo
de encaminhar como sugerem seus desejos e tudo no entorno.
E é assim que se rouba a
dignidade de poder pensar um tantinho, dar um breake na vida, cruzar os
braços e decidir o não que grita com toda sua força, mas por incrível que
pareça não consegue fazer-se ouvir. E assim a bola passa a rolar em campo minado
e no arresto de todas as resistências que por ventura um dia por ali se
cruzaram aparecendo do nada aquela teia urdida com um primor absurdo que enreda
e prioriza o único caminho vislumbrado.
No tempo, então resoluto das
decisões, cai por terra aquele andar firme, a maneira natural de negociar o que
se apresenta, se esconde de maneira infame e vil a certeza do correto, se enche
de duvida e névoa seca os pensamentos e assim se gruda a intenção forjada com
precocidade, o pensamento arguto, a não discussão do teor desmedido que embala
o normal, exacerba o desimportante e descontrola a razão.
E agora a trilha já foi
formatada no gosto, a presa não vê outra saída além de seguir ao molde do
sugerido mesmo com luzes piscantes no falso decoro e com aquela desconfiança
leve que o caminho tomado não tinha volta e ao olhar para trás percebe que as migalhas
de pão para retornar no caminho descrito não haviam sido lembradas. Era ir ou
ir.
Sem poder escapar do algoz,
é imperativo emplacar fervor na chegada, ousar ao máximo o resultado, defender
o propósito com audácia, ser tão incomodamente assertivo que de tão firme o final
terá mais peso que o inicio, quebrando as regras do outro e multiplicando o
talento na resposta dada, concretizando um final de sucesso sequer imaginado.
Na verdade, não foi necessário todo este empenho, uma vez que a presa possuía
mais talentos inerentes a si do que o algoz.
O arrocho mal feito terminou
após o desafio do pedido invertido de valores e verdade muito bem acompanhado
pela argumentação capciosa e de promessas com inequívoco sabor de ilusão e de
comprometimento às avessas que teve seu final coroado pela completa ignorância
do resultado assim como uma lição do imponderável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário