Era sempre ali no fundão que parecia haver a resposta, era por ali, naquele entorno desfigurado que se assistia o desfile acontecendo, sempre com assuntos ocultos, mas também sempre presente no ar. A intenção era descobrir o que havia chegado para acontecer, porque os atos promissores se desdobraram com força, mesmo que vez ou outra houvesse certa desaprovação e as querelas se chocassem áridas, resultando em um enlevo dissonante, descartadas em outro momento, como se medo houvesse. Parecia que a alegria sempre andava mal acompanhada.
As más companhias do pensamento chegavam a alguma conclusão, porém, um ditado se antepunha derrubando os argumentos. Tudo fazia sentido nas fracas teorias que não se sustentavam, justo neste entreato de tentativas de descobrir com urgência o que vinha – ou o que havia – por trás daquele pano pomposo.
Mas o olhar apagado surgiu ao
longe, vindo da bruma da consciência provocando um conforto necessário naquela
exata hora de apuração da verdade, da realidade tomando corpo e se desfazendo
do imaginário, largando fora o brilho da apresentação altaneira e concedendo,
finalmente, um troco a todas as indigestas promessas jogadas sem dó e que foram
engolidas sofregamente para que a alma não secasse.
Cada palavra lufada ao pé da orelha eclodia depois como algozes no tempo e no
espaço, tornando a dúvida e a boa intenção companheiras inseparáveis no seu
propósito, mas distintas no fato.
Um comentário:
Fazia tempo que não lia teus textos. Estava vivendo um tempo vertiginoso. Então, deu-me a impressão de que estás num outro patamar, o do surrealismo. Preciso reler para te acompanhar. Beijo.
Maria Rosa
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