Um lugar incrível, um verdadeiro paraíso onde está empilhado no espaço todo tipo de gente, uma realidade surpreendente mesmo para os dias que correm tão céleres, como um piscar de olhos.
Corações são partidos por conta do seu poder de estrago de espalhar desavenças, amizades de longa data são estremecidas por um esquecimento em curtir algum acontecimento importante para quem postou, e para quem viu, nem tanto. O dia começa na corrida cibernética pelos “likes”, levantando inimigos de morte na competição. Não sei se será uma parte do corpo que irá trazer benefícios uma vez que para se ficar conectado tem que se estar em frente a alguma tela que somente daqui a séculos saberemos se faz bem ou mal. Bom, vá lá, amores podem acontecer, mas correndo o risco da inveja e do mau agouro vir multiplicado em zilhões de falsos “likes”.
Então, acho que dever ter muita gente querendo que o seu
Facebook esteja colado ao coração, porque é ali que ele volta ao passado e se
encharca na lama da nostalgia, com aquela sede de ser de novo quem era, se
sentir jovem, revigorado em rever tanta gente que se espalhou no mundo sem sequer
se despedir dele. A gente poderia chamar de Çãoface.
Outros talvez preferissem que ele se situasse junto ao
fígado, porque desta forma haveria uma parceria etílica uma vez que o dito cujo
filtra tudo o que o gajo entornar e o Facebook monitora os conteúdos. Assim,
ficam juntos na saúde e na doença. Poderia se chamar Fígface.
A galera indignada revoltosa com tudo, com todos
e consigo mesmo, gostaria que o órgão estivesse colado ao intestino uma vez
que este despacha o que apodrece em nós. Desta forma fica lógica a parceria
escatológica. Um bom nome seria Inface.
O principal parceiro do Facebook é o cérebro porque ele
está no comando das informações, mas, não vou agregá-lo nesta minha visão
apocalíptica porque não quero ver suplantadas as minhas esperanças que um dia
este inferno acabe.
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