Gosto de ser como o mar, uma massa à deriva dos meus
pensamentos deixando minha vida seguir em ondas que às vezes podem ser mais
volumosas e outras apenas marolas, chegando delicadamente na beira da praia. Muitas
vezes, com vento ao contrário da maré, a espuma se enfuna numa brincadeira
trágica, uma vez que a profundeza é mais forte e busca seus respingos de volta.
Bom demais ter uma cabeça barulhenta como o oceano, que indica vários desafios desde o começo do dia, não necessitando nenhum estímulo externo para se sentir bem, para saber o que fazer e pensar. Esta sensação de não estar presa é que me dá sustento para fincar meus objetivos de acordo com o tempo a meu serviço, resultando em certo mal estar em relação às invasões cotidianas de pessoas e de situações.
É com esta cachola cheia que me nutro para andar por aí, trocando idéia com o vento, seguindo o vôo dos pássaros, reconhecendo em cada esquina o buraco de ontem desviando somente no instinto. É com a minha mente liberta do algoz do compartilhamento – que para mim já é palavrão – que possuo todas as benesses de um dia de fazer nada e dias de muito fazer. Mas a insistência não pára.
Aquietar o corpo e o espírito devia ser regra para todos, uma vez que somente no encontro íntimo de cada um vamos nos conhecer. Sem o duro embate com nossa própria alma não há como crescer.
Não tenho paz com tanta interferência invasiva.
Bom demais ter uma cabeça barulhenta como o oceano, que indica vários desafios desde o começo do dia, não necessitando nenhum estímulo externo para se sentir bem, para saber o que fazer e pensar. Esta sensação de não estar presa é que me dá sustento para fincar meus objetivos de acordo com o tempo a meu serviço, resultando em certo mal estar em relação às invasões cotidianas de pessoas e de situações.
É com esta cachola cheia que me nutro para andar por aí, trocando idéia com o vento, seguindo o vôo dos pássaros, reconhecendo em cada esquina o buraco de ontem desviando somente no instinto. É com a minha mente liberta do algoz do compartilhamento – que para mim já é palavrão – que possuo todas as benesses de um dia de fazer nada e dias de muito fazer. Mas a insistência não pára.
Aquietar o corpo e o espírito devia ser regra para todos, uma vez que somente no encontro íntimo de cada um vamos nos conhecer. Sem o duro embate com nossa própria alma não há como crescer.
Não tenho paz com tanta interferência invasiva.
2 comentários:
Olá Vera!!!!!
Gostei muito de À Deriva, concordo e me identifico. pitá
Beatriz Franken 23 de janeiro de 2013 23:41
Beleza de crônica. Parabéns!!!! bjos e muitas boas crônicas pra frente. Serão sempre bem vindas e bem lidas...
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