Pequena e rechonchuda a menina sardenta com um
“bucles” na ponta da cabeça, cachos vermelhos lhe emoldurando o rosto e uma
teia de sardas da cor ferrugem tatuando o corpo, gostava de ser independente se
aventurando bem cedo em longas caminhadas, sozinha e determinada, coisa
inusitada para uma criança.
Às vezes um pouco séria demais para a idade, dava a impressão
que havia um tormento escondido e desajeitado sem concessão da vida para
aflorar, ou quem sabe, uma decisão interna desafortunada que por vezes lhe
sombreava o semblante. A verdade é que aquela criança salpicada tinha pressa e
urgência norteando com alarido os acontecimentos. Apimentada em suas relações
de afeto, tinha enorme facilidade de animar e reunir gente ao seu redor, sendo
fiel aos amigos uma vida inteira
Em criança, o divertimento era escolher as cores que
“combinavam” com aquele estilo “foguinho” para deixá-la sempre mais e mais
linda sem perder o estilo apimentado da personalidade que a caracterizou tão
bem na sua trajetória pela vida.
A garota ferrugem aceita o convite do anjo que lhe bate a porta, mesmo tendo
ainda muito do que se despedir.
Escrever para viver e viver para escrever. A inspiração é o meu objeto de desejo a cada amanhecer e assim minha alma fica fortalecida no encontro do silêncio e da natureza marítima. Leiam com bons olhos! Mail para contato: verarenner43@gmail.com Vera Lucia Renner
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Apimentada
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Um comentário:
Deu-me arrepios! Gostaria de ter feito outra interpretação, mas não consegui.
Beijos. Maria Rosa
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