
A força do olhar embrulha o beiço que surgiu não se sabe de onde. Mas está ali encarando a tua benevolência em tudo aceitar, pisando em ovos, por saber que o campo é minado.
Não tem lugar seguro neste território que ensombrece as intenções, arrasando o consertado, criando mais uma vala entre uns.
E por ali, de tanto em tanto, os espinhos são retirados com presteza antes que se aprofunde o veneno e se estabeleça uma realidade forjada, construída pelo desejo de simplesmente não se ter olhos ao outro. O olhar lança dardos, fustiga o coração e maldosamente sai vencedor.
Por ora é o que se apresenta.
Não é reconhecida, no entanto, a resistência heróica de sobrevivência que se opõe ao risco, que se nega a compartilhar da verve peçonhenta. Apenas escuta e observa. E faz seu caminho ao lado do infortúnio, lhe acompanhando as passadas, numa senda impossível.
Não tarda o retorno na vereda.